O juiz corregedor foi até a penitenciária para ouvir os presos presencialmente. De acordo com a assessoria da Justiça Federal do Rio Grande do Norte, nesse procedimento os questionamentos foram focados nas circunstâncias sobre a recaptura dos dois fugitivos, e não sobre manutenção ou relaxamento das prisões.
O juiz Walter Nunes explicou que buscou saber "se houve algum emprego de violência" ou algo que os fugitivos quisessem relatar sobre a recaptura, "além da necessidade do laudo de exame para saber se eventuais lesões teriam sido praticadas contra eles".
Segundo o juiz, os laudos não apontaram lesões durante a recaptura, mas um dos fugitivos teria relatado que houve violência. "Um chegou a afirmar que teria havido uma violência, mas tem o contexto da captura, que pode explicar. Isso quem vai definir é, posteriormente, uma apuração", disse.
Os fugitivos retornaram para o presídio de Mossoró durante a madrugada desta sexta-feira (5). A unidade teve a segurança reforçada, direção trocada, e os dois ficarão em celas separadas, sob constante monitoramento, segundo o Ministério da Justiça.
As buscas pelos fugitivos duraram 51 dias. A recaptura aconteceu na tarde de quinta-feira (4), durante uma operação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Rogério e Deibson fugiram da prisão no dia 14 de fevereiro. Nesta quinta-feira, a polícia localizou os fugitivos a mais de 1.600 km de distância de Mossoró.
Os dois fugitivos ficaram em silêncio durante depoimento à PF, após a recaptura. Por volta das 21h30, ambos deixaram a delegacia de Marabá e foram encaminhados até o aeroporto da cidade.
A aeronave da PF decolou do aeroporto de Marabá por volta das 22h de quinta-feira, chegando a Mossoró à 1h30 desta sexta-feira.
Após o desembarque, os fugitivos seguiram para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde fizeram exames de corpo de delito.
Inter TV Cabugi
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