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domingo, 13 de novembro de 2022

Tema da redação do Enem 2022 sobre povos tradicionais ganha elogios e faz Bolsonaro ser alvo nas redes sociais

A escolha de um tema que permite tratar da questão dos indígenas no Brasil ganhou elogios de professores, alunos e personalidades. Em tempo de COP 27 e transição de governo, nas redes sociais pessoas de diferentes perfis apontaram que o momento atual é oportuno para debater o legado negativo do governo de Jair Bolsonaro (PL) no assunto.

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 é “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

A líder indígena Sônia Guajajara, uma das cotadas para ser ministra dos Povos Originários na futura gestão Lula, resumiu em um tuíte a forma como o tema foi recebido entre os indígenas.

“Desde a invasão em 1500 nossos direitos têm sido violados, sobretudo, nos últimos quatro anos onde declaradamente a atual gestão, que já derrotamos nas eleições, executava sua política de extermínio dos povos originários e comunidades tradicionais”, publicou a deputada federal eleita.

O que são povos e comunidades tradicionais?

Por definição, “povo ou comunidade tradicional” são núcleos que têm nos territórios em que vivem e nos recursos naturais que utilizam a condição de sua existência e de sua identificação como um grupo culturalmente diferenciado.

Entre eles estão indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, extrativistas, ribeirinhos, ciganos e pertencentes a comunidades de terreiro, entre outros.

Tema elogiado e Bolsonaro citado

Nas redes sociais, o tema escolhido para redação do Enem foi elogiado e o presidente Jair Bolsonaro foi lembrado por sua política para a área, sobretudo em relação aos indígenas.

Ele prometeu, ainda na campanha, NÃO demarcar novas áreas. Depois no poder, manteve a visão de que os indígenas são usados como “massa de manobra” por causa da criação de reservas indígenas.

Em 2018, disse que índios em reservas são como animais em zoológicos. Já no governo, Bolsonaro também afirmou: “Cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós”. E repetiu a intenção de não demarcar nenhuma nova terra indígena no seu governo. Em 2020, declarou que o tamanho das áreas indígenas é “abusivo”.

g1

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