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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

RN tem 52 casos confirmados de microcefalia

No Rio Grande do Norte, foram confirmados 4 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika
O novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (20), indica que aumentou o número de casos suspeitos de microcefalia no Rio Grande do Norte, passando para 188 - no informe do último dia 12, eram 181. Em todo o Brasil, agora são 3.893 ocorrências.

Do total notificado, 224 casos tiveram confirmação de microcefalia (52 no RN), 6 confirmaram a relação com o vírus Zika (4 no RN) e outros 282 foram descartados (11 no RN). Continuam em investigação 3.381 casos suspeitos de microcefalia (121 no RN).

Emanuel Amaral 
No Rio Grande do Norte, foram confirmados 4 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika

Ao todo, foram notificados 49 óbitos por malformação congênita. Destes, seis foram confirmados para a relação com o vírus Zika. Além dos quatro casos do RN, um feto foi diagnosticado no Ceará e outro em Minas Gerais. Esses resultados somam-se às demais evidências científicas obtidas em 2015 e reforçam a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia e outras malformações congênitas.

De acordo o informe publicado hoje, o estado de Pernambuco continua com o maior número de casos suspeitos (1.306), o que representa 33% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (665), Bahia (496), Ceará (216), Rio Grande do Norte (188), Sergipe (164), Alagoas (158), Mato Grosso (134) e Rio de Janeiro (122).

As notificações foram registradas até 16 de janeiro e ocorreram em 764 municípios de 21 unidades da federação. O boletim aponta o detalhamento dos casos confirmados e descartados.

Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 20 unidades da federação. São elas: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Laboratórios públicos ampliam capacidade para testes de Zika
O Ministério da Saúde distribuirá mais 500 mil testes para realização do diagnóstico de PCR (biologia molecular) para o vírus Zika. Com isso, os laboratórios públicos ampliarão em 20 vezes a capacidade dos exames, passando de mil para 20 mil diagnósticos mensais.

As primeiras 250 mil unidades serão entregues em fevereiro, inicialmente para 27 laboratórios, sendo quatro de referência e 23 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN).

A previsão é que os outros 250 mil testes estejam disponíveis a partir do segundo semestre. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões para a aquisição dos produtos.

Para o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, “a ampliação da capacidade de testagem do Zika permitirá maior representatividade e segurança para que sejam estudadas as tendências do vírus. Quanto mais amostras forem analisadas semanalmente, mais informações teremos para avaliar o modelo de vigilância do Zika e assim realizar adaptações, caso necessário”.

Também serão adquiridos outros 500 mil testes nacionais de biologia molecular, produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para diagnóstico de dengue, Zika e chikungunya. Chamado de Kit NAT Discriminatório para dengue, Zika e chikungunya, o procedimento permite realizar a identificação simultânea do material genético para os três vírus, evitando a necessidade de três testes separados. A novidade garantirá maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do Ministério da Saúde, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional.

A recomendação do Ministério de Saúde, conforme Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia, é que sejam priorizadas, para a realização do teste, mulheres grávidas com sintomas do vírus Zika, gestantes com bebê microcefálico, além de recém-nascidos com suspeita de microcefalia.

Orientação

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Com informações da Agência Saúde

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