terça-feira, 27 de outubro de 2020

PF apreende R$ 2,4 milhões em dinheiro em operação de combate ao contrabando de cigarros e produtos falsificados

A Polícia Federal apreendeu R$ 2.427.895,00 em dinheiro nesta terça (27) durante as buscas da Operação Falsos Heróis que investiga um esquema criminoso de contrabando de cigarros e produtos falsificados. Foram apreendidos ainda 8 veículos e 6 armas e 8 pessoas foram presas. Os mandados foram cumpridos no RN, Pará e São Paulo.

Somente na casa de um dos alvos em São Paulo foram apreendidos R$ 2.105.000,00 escondidos dentro de caixas de papelão. O restante do dinheiro foi apreendido em buscas no RN e no Pará.

Dentre os investigados, estão empresários, policiais civis do Rio Grande do Norte, além de um secretário municipal de Areia Branca.

A operação foi coordenada pela Polícia Federal do Rio Grande do Norte. Ao todo foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão.

Contrabando

De acordo com as investigações, a organização criminosa transportava em navios produtos contrabandeados (cigarros, vestuário e equipamentos eletrônicos falsificados) com origem no Suriname. Esses produtos, de acordo com a PF, chegavam de forma clandestina em pontos da costa dos municípios potiguares de Areia Branca, Porto do Mangue e Macau e depois eram transportados para diversos estados, principalmente São Paulo.

Ainda segundo a PF, somente entre os anos de 2018 e 2019, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 185 milhões.

Os crimes imputados são os de contrabando qualificado e organização criminosa armada, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 23 anos de prisão.

O nome “Falsos Heróis” faz referência ao batismo das embarcações utilizadas para o transporte de mercadorias contrabandeadas, bem como ao envolvimento de policiais civis que atuavam principalmente fornecendo segurança às operações logísticas de transbordo e transporte dos produtos contrabandeados.

A ação conta com o apoio da Receita Federal do Brasil e da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI). 

Fernanda Zauli, G1 RN 

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