Quatro crianças de 2, 7, 10 e
12 anos e uma mulher de 43 anos foram vítimas de envenenamento por chumbinho em
Santarém, no oeste do Pará. O caso aconteceu na comunidade Curuai, na região do
Lago Grande, na noite de sábado (9) e a família foi resgatada por equipes no
Samu neste domingo (10).
Das quatro crianças, três são
filhos da mulher que também foi envenenada. Conforme o pai à equipe de resgate,
a filha de 16 anos teria colocado o veneno em um bolo e suco servidos à
família. A adolescente está foragida.
Ainda na noite de sábado, após
a inserirem a alimentação, os quatro começaram a sentir mal estar,
principalmente tontura e vômito. Horas depois o quadro clínico se agravou e os
quatro foram levados ao posto de saúde da comunidade.
Após fazer o atendimento, o
enfermeiro constatou que a família havia sido vítima de envenenamento por
chumbinho. Ele entrou em contato com a central do Samu em Santarém e pediu
resgate em caráter de urgência.
A transferência para o centro
da cidade foi feito por lancha na tarde deste domingo. "É uma situação
delicada e muito grave, eles estão todos desidratados, vomitaram bastante. Lá,
iniciaram a hidratação e eles estabilizaram", informou o coordenador do
Samu, enfermeiro Joziel Colares.
As cinco vítimas foram levadas
para o Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS). À equipe do Samu,
o pai das crianças informou que suspeita que a adolescente tenha colocado
veneno em outros alimentos, como farinha consumida. A motivação não foi
repassada.
Até a publicação desta
reportagem o caso não tinha sido registrado na 16ª Seccional de Polícia Civil.
Quadro clínico
Em nota, o Hospital Municipal
Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) informou que recebeu cinco pessoas de uma
mesma família com sintomas de envenenamento. O médico plantonista avaliou as
quatro crianças e a mãe.
Os pacientes passaram por
exame, estão recebendo medicação e estão em observação continua. As crianças
estão na emergência pediátrica e a mãe na enfermaria. Todos estão com quadro
clínico estável.
O setor de psicologia do HMS
acionou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdca)
para acompanhar o caso.
G1 Santarém e TV Tapajós —
Pará
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