O
marido de Edneide, o cortador de mármore Geovan Teixeira da Silva, foi quem a
socorreu ao hospital, depois de ela sentir dores e falta de ar. O primeiro
destino foi a Maternidade Municipal Araken Irerê Pinto, no Tirol, Zona Leste da
capital.
“Foi
medicada e de lá foi transferida para o Santa Catarina. Chegando lá, foi
medicada novamente e eu fiquei aguardando. Foi aí que a médica veio e me disse
que ia precisar tirar a bebê dela, devido à complicação”, relatou.
Uma
funcionária do Hospital Santa Catarina, que pediu para ter a identidade
preservada, informou que a unidade tem 10 leitos de Unidade de Terapia
Intensiva. Contudo apenas um deles com isolamento, destinado a pacientes
infectados pelo novo coronavírus.
“O Santa
Catarina é um hospital de referência para pacientes gestantes em trabalho de
parto suspeitas, ou confirmadas (de Covid-19), a partir de 32 semanas, mas nós
não temos leitos de UTI de retaguarda”, revelou a funcionária.
Uma
enfermeira da unidade contou à reportagem que está sendo difícil tratar os
pacientes com suspeita de Covid-19, porque o hospital não está preparado para
isso. “Nós tivemos há pouco tempo essa paciente jovem, com 32 semanas de
gestação, que teve que ser submetida à cesárea. E, como nós não tínhamos vaga
de UTI, a paciente teve que ficar em sala operatória no respirador. E aí a
gente se pergunta como é que um hospital é referência para gestantes com
suspeita ou confirmadas, se nós não temos como dar um Suporte de Terapia
Intensiva caso elas precisem”, reclamou.
O bebê que
nasceu prematuro permanece internado em uma UTI neonatal do Hospital Santa
Catarina. Tanto a criança quanto a mãe foram submetidas ao exame de diagnóstico
do novo coronavírus, porém ainda esperam o resultado.
Também por
nota, a Sesap informou que Edneide Silva conseguiu vaga no Hospital Luiz
Antônio, entretanto aguardava uma ambulância disponível para transporte neste
sábado (30), quatro dias após o parto. Esta foi a última informação até a
publicação desta matéria.
Disponibilidade de leitos
De acordo
com o portal RegulaRN, que divulga a ocupação dos hospitais no estado, dos 204
leitos críticos disponíveis para pacientes com o novo coronavírus, 20 estão
disponíveis. Ainda segundo o site, 59,1% dessas pessoas estão internadas em
UTIs.
O RegulaRN
mostra que, do total de leitos, há mais 20 com status de “bloqueado”. Esse
bloqueio ocorre por diferentes motivos que impedem a operação, sendo que a
maior parte está sem funcionar porque está em manutenção.
InterTV Cabugi e G1 RN
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