Mais de
mil pessoas são esperadas no protesto em frente à Câmara de Cuiabá, a partir
das 8h desta terça-feira (18), em apoio ao vereador Abílio Junior (PSC), que
sofre processo de cassação do mandato por suposta falta de decoro parlamentar.
De acordo
com um dos organizadores do evento, o presidente da Associação Guerreiros de
Motorista de Aplicativo, Flavio Mesquita, o Kiko, o ato surgiu de maneira
espontânea nas redes sociais para reagir ao que ele chama de “uma grande
injustiça contra um dos vereadores mais atuantes de Cuiabá”.
Ressalta
que a associação dos Guerreiros conta com 2.500 motoristas legalmente
registrados, e que a entidade está orientando que cada trabalhador converse com
os passageiros no sentido de mobilizá-los para o ato. “Pela movimentação dos
grupos de WhatsApp, nossa expectativa e reunir mais de mil pessoas no ato.
Nossa ideia é fecharmos a rua em frente à Câmara”.
Kiko
detalhou ainda que o protesto contará com faixas e cartazes em apoio ao
vereador, buzinaço e a possibilidade de uma passeata de carros pela cidade com
destino à prefeitura de Cuiabá.
“Decidimos
convocar esse protesto, procurando aglutinar o maior número de pessoas possíveis,
diante da urgência da situação, já que a conversa nos bastidores da Câmara é
que os vereadores da base do prefeito querem acelerar o quanto antes tramitação
do processo de cassação. E isso pode ocorrer na sessão desta terça”, reforçou
Kiko.
A Comissão
de Ética e de Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá aprovou, na quarta-feira
passada (12), o relatório que pede a cassação do mandato de Abílio. O
parlamentar é um dos principais opositores do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB)
- flagrado em rede nacional enchendo os bolsos do paletó de maços de dinheiro,
supostamente de propina do ex-governador Silval Barbosa, quando era deputado
estadual, no ano de 2017.
O
relatório de acusação foi feito pelo ex-vereador Oseas Machado (PSC) e que,
curiosamente, pode se beneficiar com o afastamento de Abílio, já que ele é
suplente do parlamentar acusado.
Oseas
denunciou Abílio em outubro de 2019. No documento apontou uma série de
situações que, no entendimento dele, não condiz com postura de um parlamentar.
Um dos exemplos
que Oseas cita no relatório seriam as constantes "invasões" de Abílio
ao Hospital São Benedito, em que ele teria coagido funcionário e entrado em
salas para mexer em gavetas atrás de documentos, sem a devida autorização. O
vereador nega a falta de decoro parlamentar.
Para
manter-se no cargo, Abílio irá precisa de ao menos 13 votos ao seu favor,
durante a sessão plenária que irá definir seu destino na Câmara.
O Estado de Mato
Grosso
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