A
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministra Rosa Weber,
negou, neste domingo, 9, a prorrogação do prazo para o PT substituir
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na
chapa presidencial.
Com
a decisão, o partido tem até esta terça-feira, 11, para fazer a troca de nomes
– a defesa do petista havia requerido que
a data-limite fosse estendida para o dia 17 de setembro. Se
não definir as candidaturas no prazo determinado, o PT pode ficar sem coligação
na disputa ao Planalto.
Até
agora, o nome mais forte para ocupar o lugar de Lula é o do ex-prefeito Fernando Haddad,
que ainda figura como candidato a vice-presidente.
Os
advogados eleitorais do ex-presidente haviam pedido ao TSE a prorrogação por
mais seis dias do prazo. A defesa alegou que essa data deveria considerar a
análise de recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão da própria
Corte Eleitoral de negar o registro da candidatura de Lula. Para a defesa, uma
decisão definitiva sem essa análise do Supremo seria uma “injustiça”.
A
estratégia dos advogados do petista, agora, é fazer, entre esta segunda e
terça, um “corpo a corpo” no Supremo em busca de uma “decisão relâmpago” para
que não haja a substituição definitiva na chapa sem que o tribunal se
pronuncie.
O TSE negou o registro da candidatura
de Lula, condenado em segunda instância e preso na Lava Jato, por entender que o ex-presidente está
enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Lula está preso desde abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês,
após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no
caso do triplex.
Rosa envia recurso de Lula ao
Supremo
A
ministra também decidiu neste domingo encaminhar ao Supremo o recurso extraordinário apresentado pela defesa de Lula contra a decisão
do TSE que negou o seu registro como candidato.
“O
simples enunciar das teses debatidas pelo colegiado evidencia relevante questão
constitucional a recomendar juízo positivo de admissibilidade ao recurso
extraordinário, com a consequente submissão do feito à análise da Suprema Corte
brasileira”, escreveu a presidente do TSE.
Agora,
os advogados do ex-presidente vão apresentar dois pedidos de liminares ao
ministro do Supremo Celso de Mello,
um para aceitar o registro da candidatura em caráter provisório, suspendendo a
decisão do TSE, e outro para que ele pelo menos interrompa o prazo de
substituição da chapa até que o plenário do STF se pronuncie.
ESTADÃO
CONTEÚDO