O prazo
final para o PT apresentar o nome do substituto do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva – preso e condenado na Lava Jato e considerado inelegível pela
Lei da Ficha Limpa - termina na terça-feira, 11. O ex-prefeito de São Paulo e
vice na chapa, Fernando Haddad, é o mais cotado para assumir a vaga. Contudo, o
PT ainda tenta reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
barrou a candidatura de Lula, ou, no mínimo, ganhar mais prazo para efetuar a
troca.
No domingo, 9, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou pedido de efeito suspensivo ao julgamento da Corte eleitoral para suspender o prazo para troca de Lula como candidato do partido feito pelos advogados do petista no final de semana. O partido tenta ganhar mais uma semana e empurrar a troca para o dia 17, prazo final da Justiça Eleitoral para substituição de candidatos.
No domingo, 9, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou pedido de efeito suspensivo ao julgamento da Corte eleitoral para suspender o prazo para troca de Lula como candidato do partido feito pelos advogados do petista no final de semana. O partido tenta ganhar mais uma semana e empurrar a troca para o dia 17, prazo final da Justiça Eleitoral para substituição de candidatos.
Apesar da
negativa, contudo, a ministra admitiu a plausibilidade de parte os argumentos
da defesa do PT, que diz que há a obrigatoriedade do País a respeitar o pacto
utilizado pelo comitê de Direitos Humanos Organização das Nações Unidas (ONU) –
órgão de observadores independe ligado a ONU – em recomendação para que o
Brasil garanta Lula no processo eleitoral.
Rosa
Weber disse que há uma questão constitucional a ser enfrentada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a validade ou não do acordo. Entre parte dos membros do
Judiciário e do governo federal há o entendimento que o acordo não é
impositivo. Para o ministro da Justiça, Torquato Jardim, a decisão do comitê
não tem “nenhuma relevância jurídica”. O ministro do Supremo Alexandre de
Moraes também rechaçou o acordo: “Como diria minha avó, cada macaco no seu
galho”, disse no último dia 21 de agosto.
Na
decisão em que barrou a candidatura de Lula, o TSE, por maioria, entendeu que
além da aprovação pelo Congresso, o pacto internacional também dependia da
homologação pelo Executivo, o que não ocorreu no caso. Os ministros Luís
Roberto Barroso, relator do registro de Lula, e a própria Rosa Weber entenderam
que a Constituição exige que um tratado ou pacto seja aprovado pelo Legislativo
e confirmado em decreto presidencial. O único divergente foi o ministro Edson
Fachin, que entendeu que era necessário analisar o pedido antes.
Outros
casos no TSE
No
domingo, o ministro Barroso determinou à Coligação “O Povo Feliz de Novo” se
abstenha “em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral” de apresentar Lula
como candidato ao cargo de presidente da República e de “apoiá-lo na condição
de candidato”. Se a coligação insistir, afirmou Barroso, a propaganda de rádio
e TV poderá ser suspensa. O ministro aceitou a tese do Ministério Público
Eleitoral que viu uma aparição “sistêmica” do petista ainda como postulante ao
cargo.
Defesa
Em nota,
o PT disse que a decisão da ministra Rosa Weber “reconhece que a questão (da
recomendação do Comitê da ONU) terá que ser enfrentada pelo Supremo”. “A defesa
pediu que seja designada uma sessão extraordinária para julgar o caso pelo
plenário do Supremo. A ministra Rosa reconheceu que há uma divergência no tema
constitucional que deve ser resolvida pelo STF.
“A
presidente do TSE não adiou a data limite para substituição de candidatos
porque entendeu que isso ainda pode ser feito, em tempo, pelo Supremo. Agora, o
ministro Celso de Mello pode decidir a qualquer momento. Ou em decisão
monocrática ou levando para uma sessão do plenário. Neste caso, terá que
suspender a data da substituição, como quer a defesa”, diz o posicionamento
assinado por Luiz Fernando Casagrande Pereira, coordenador da defesa do
ex-presidente na Corte eleitoral. Com informações do Estadão Conteúdo.
FONTE: Notícias ao Minuto