O pré-candidato
à Presidência pelo PRB, Flávio Rocha, disse nesta segunda-feira, 4, acreditar
ser possível unificar o centro político ainda no primeiro turno das eleições
deste ano. Para o empresário, fundador da rede Riachuelo, seu nome é o mais
competitivo do grupo, por ter sido o último a ser apresentado e também ter a
maior taxa de desconhecimento entre o eleitorado.
“Eu sou um
grande estimulador (da união no primeiro turno), até por acreditar que temos a
maior chance de crescer no centro”, disse o empresário após evento promovido
pela Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) e pelo PRB Mulher.
Rocha deve ser
um dos nomes procurados por políticos signatários do “Manifesto por um polo
democrático e reformista”, documento que prega a formação de um bloco único do
“centro” no primeiro turno das eleições presidenciais para evitar uma
polarização entre a esquerda e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
O lançamento do
manifesto, organizado pelo deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) e pelo
senador Cristovam Buarque (PPS-DF), está marcado para esta terça-feira, 5, em
Brasília. Pestana é secretário-geral do PSDB, que tem como pré-candidato à
Presidência Geraldo Alckmin. Buarque é o idealizador da plataforma de educação
do plano de governo do tucano.
O PRB, assim
como DEM, PP e Solidariedade, ainda aguarda a aproximação das convenções
nacionais para fechar alianças na eleição presidencial deste ano. Na última
quinta-feira, 31, durante a Marcha para Jesus, em São Paulo, o ex-prefeito
paulistano João Doria (PSDB) sugeriu que Rocha e Alckmin estarão juntos este ano.
Flávio Rocha, no entanto rechaça a possibilidade de ocupar a vaga de vice na
chapa do tucano.
Reformas para depois
O presidente do
PRB, Marcos Pereira, partido de Flávio Rocha, defendeu que as reformas política
e tributária entrem em vigor apenas a partir de 2026. Segundo ele, caso a
vigência dessas reformas não seja postergada, “os políticos não vão votar”.
Segundo o
ex-ministro do governo Temer, que tem aproximado seu partido das candidaturas
tucanas, as reformas só serão aprovadas se o próximo presidente sentar para
negociar com os 27 novos governadores e os prefeitos das 100 maiores cidades do
país.
“Políticos se
preocupam só com a próxima eleição” declarou Pereira. “É isso que separa o
político profissional do político vocacionado”, complementou, referindo-se a
Rocha.
Questionado
sobre a declaração de Marcos Pereira, o empresário disse que apenas a reforma
política poderia ficar para depois. “A tributária pode entrar antes. Inclusive
tem pontos da nossa proposta de reforma tributária que podem surtir efeito
desde já”, explicou Rocha. “Acho que ele estava se referindo à reforma
política, ela pode ser discutida ponto a ponto. (Pereira) está antevendo uma
dificuldade que pode existir em maior ou menor grau”.
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