Ação
civil pública ajuizada pelo Ministério Público obteve decisão que bloqueou os
bens do deputado estadual Galeno Torquato e outros sete acusados até o limite
de R$ 664.880,78.
Para a
juíza de Direito de São Miguel, Erika Souza Corrêa Oliveira, na ação “está
demonstrada de forma clara e esmiuçada que os réus causaram dano ao erário”. O
bloqueio, segundo a magistrada, é uma medida preventiva para garantir, ao final
do processo, a possibilidade de ressarcimento ao erário.
Os
ilícitos foram cometidos no município de São Miguel em 2009, no qual o acusado
exerceu cargo de prefeito. A improbidade se caracterizou pelo fracionamento de
licitação. Foram dois contratos realizados por meio da modalidade de “Convite”,
sob a alegação de que se tratavam de objetos diferentes.
O Convite
é uma forma mais simples de licitação; e é escolhida em razão de contratações
de pequeno vulto pela rapidez de sua implementação. Pela lei de licitação, o
valor máximo para contratos nessa modalidade, nos casos de obras e serviços de
engenharia, é de até R$ 150 mil. Os acusados, portanto, fracionaram um mesmo
objeto de contratação, serviço de manutenção em escolas, para poder
“encaixá-lo” na modalidade Convite.
Os dois
convites foram realizados no mesmo dia, com datas de abertura das propostas em
15 de julho de 2009, às 10 horas e 14 horas, com valores de R$ 143.560,64 e R$
142.039,75. E beneficiaram uma mesma empresa, vencedora dos dois certames. A
empresa Jeová Cursino de Sena Pinto, cujo responsável também é réu na ação.
Além do
deputado estadual, são réus no processo Jose Heldison Carvalho de Aquino, Roberto
Wagner Rosa Pereira, Walkei Paulo Pessoa Freitas, Clauberto Pinheiro Barbosa,
José Pauliner de Aquino, Antonio de Lisboa Sobrinho e Jeová Cursino de Sena
Pinto.
MPRN