
O
Rio Grande do Norte tem 13 municípios com risco de registrar infestação do
mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. O número
é apontado pelo Ministério da Saúde estudo divulgado nesta terça-feira (4). O
órgão afirma que nessas cidades foram encontrados focos do mosquito em quatro
de cada cem casas visitadas.
O RN é o quarto
estado com maior número de cidades em situação de risco de infestação, atrás
apenas de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. No Brasil, são 177 municípios na
lista. As informações integram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de
Aedes Aegypti (LIRAa), feito em outubro, que analisou a existência de locais
com larvas em 1.463 cidades. Seu objetivo é apontar as regiões com maior risco
de transmissão das doenças no país.
Os municípios
potiguares com risco de infestação são Campo Redondo, Parelhas, Florânia, São
Paulo do Potengi, Mossoró, Jaçanã, Carnaúba dos Dantas, Brejinho, São Miguel, Caicó, Jardim do Seridó, João Câmara e Santa Cruz.
O ministério mostra
ainda que 533 cidades brasileiras estão em situação de alerta (pois tinham
entre uma e três casas a cada cem com larvas), incluindo dez capitais. Natal é
uma delas, além de Belém (PA), Porto Velho (RO), Maceió (AL), Recife (PE), São
Luis (MA), Aracaju (SE), Vitória (ES), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS). Outros
813 municípios pesquisados estão em situação satisfatória, conforme o estudo do
Ministério da Saúde.
Sintomas do chikungunya
A infecção pelo
vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais
dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa
"aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes
adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação,
comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos,
quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até
contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diferentemente da
dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é
infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não
está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas
parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
G1-RN