BIOGRAFIA DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ



27 de
agosto de 1910
Agnes Gonxha Bojaxhiu nasce em Skoplje (Albânia), irmã mais nova de Ágata e de
Lázaro, filha de Nicolau e de Rosa. Foi batizada um dia depois de nascer em 26
de agosto de 1910. A
sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia.
Pouco
se sabe da sua infância, adolescência e juventude porque Madre tinha horror de
falar de si. Nunca morou na Albânia; foi educada numa escola estatal da atual
Croácia, durante os tristes anos da Primeira Guerra Mundial.
Tinha uma voz muito bonita e logo se converteu na solista do coro da igreja da
sua aldeia. E até dirigia o coro, lá pelos anos vinte. Freqüentou a escola
estatal não católica e ingressou na Congregação Mariana onde foi aperfeiçoando
a formação cristã ao mesmo tempo em que tomava conhecimento da vida da Igreja e
abria o coração às necessidades do mundo. Particular impressão lhe fazia as
cartas que os missionários jesuítas da Índia escrevia e que eram comentadas em grupo. A miséria material
e espiritual de tanta gente tocava o seu coração.
29 de setembro de 1928
Aos dezoito anos surge-lhe o pensamento da consagração total a Deus na vida
religiosa. Obteve o consentimento dos pais, por indicação do sacerdote que a
orientava, entrou no dia 29 de Setembro de 1928 para a Casa Mãe das Irmãs de
Nossa Senhora de Loreto, em Rathfarnham, perto de Dublin (Irlanda).
24 de Maio de 1931
O seu sonho era a Índia, o trabalho missionário junto dos pobres. Sabedoras
desta aspiração da jovem iugoslava, as superioras decidiram que ela fizesse o
noviciado já no campo do apostolado. Por isso, ao fim de poucos meses de
estadia na Irlanda, Agnes partiu para Índia.
O ideal que brilhara pela primeira vez na sua vida aos doze anos começava a
concretizar-se. Foi enviada para Darjeeling, local onde as Irmãs de Loreto
possuíam um colégio. Ali fez o noviciado. No dia 24 de Maio de 1931, faz a
profissão religiosa, emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e
obediência tomando o nome de TEREZA. Houve na escolha deste nome uma intenção,
como ela própria diz: a de se parecer com TEREZA DE JESUS , não com a grande
santa espanhola, mas com a humilde carmelita de Lisieux que ensinou aos homens
do nosso tempo o caminho da infância espiritual.
De Darjeeling passou a Irmã Tereza para Calcutá. Tendo freqüentado uma carreira
docente, passa a ensinar Geografia no Colégio de Santa Maria, da Congregação de
Nossa Senhora do Loreto, em
Calcutá. Mais tarde foi nomeada Diretora. Irmã Tereza gostava
de ensinar. As alunas estimavam-na porque era uma excelente professora, sempre
dedicada e atenta a todos os problemas. Havia muito humanismo nas suas palavras
e atitudes. Embora cercada de menina filhas das melhores família de Calcutá,
impressionava-se com o que via quando saia à rua: os bairros de lata com
cheiros nauseabundos, crianças, mulheres e velhos famélicos.
24 de Maio de 1937.
Faz a profissão perpétua.
10 de Setembro de 1946
O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na história das Missionárias da
Caridade e, obviamente, no livro da vida da Madre Tereza como o "dia da
inspiração". Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, recebe uma
claríssima iluminação interior: dedicar a sua vida aos mais pobres dos pobres.
Relatou-o assim:
"Em 1946, ia de Calcutá a Darjeeling, de trem, para fazer o meu retiro.
Nunca é fácil dormir nos trens, mas tentar fazê-lo num trem da Índia é
impossível: tudo range, há um penetrante odor de sujidade pelo amontoamento de
homens e animais, todo um detrito de humanidade, cestos, galinhas
cacarejando... Naquele trem, aos meus trinta e seis anos, percebi no meu
interior uma chamada para que renunciasse a tudo e seguisse Cristo no
subúrbios, a fim de servi-lo entre os mais pobres dos pobres. Compreendi que
Deus desejava isso de mim..."
Irmã Tereza pensava nos pobres de Calcutá que todas noites morrem pelas ruas e
que na manhã seguinte, são lançados para o carro da limpeza como se fossem
lixo. Não! Ela não conseguia habituar-se a esse terrível espetáculo de pessoas
esqueléticas morrendo de fome ou pedindo esmola pelas ruas.
A longa e dolorosa meditação que fizera terminou com uma pergunta muito
concreta: que poderei fazer por estes infelizes? Aqui a angústia da sua alma
cresceu. Amava a Congregação, gostava de ensinar... quase nada poderia fazer
dentro dos regulamentos a que amorosamente se sujeitara e que cumprira com toda
a fidelidade. Mas Deus não pediria mais? Não seria talvez necessários ir ter
com as superioras e com as autoridades eclesiásticas e expor-lhes frontalmente
o problema, pedir-lhes até autorização para fazer a experiência de se colocar
totalmente ao serviço dos mais pobres?
Foi assim, com todas estas interrogações que a Irmã Tereza viveu o seu retiro
daquele ano. Na oração e na meditação daqueles dias, mais se confirmou que a
aspiração que lhe brotava do fundo da alma não era um capricho mas manifestação
da vontade de Deus.
Tendo regressado a Calcutá, foi ter com o arcebispo Mons. Fernando Périer a
quem expôs o seu plano. Ele ouviu atentamente e, no fim, calmo, frio, disse um
não absoluto que não deixou hipóteses para qualquer dúvida.
A Irmã Tereza aceitou humildemente a recusa. Mais tarde ela comentou assim:
"Não podia ter sido outra a sua resposta. Um bispo não pode autorizar a
primeira religiosa que se lhe apresenta com projetos raros sob pretexto de que
essa parece ser a vontade de Deus"
Voltou às lides diárias que cumpria cada vez com maior dedicação e entusiasmo.
O carinho das alunas demonstrado de tantas maneiras e a amizade das
companheiras não lhe fizeram esquecer a imagem horrorosa dos doentes e dos
famintos que morriam pelas ruas de Calcutá. Mas por vezes, apresentava-se-lhe
angustiosa esta pergunta: não será tudo isto uma tentação do demônio?
Um ano depois, foi ter novamente com o arcebispo. Levava nos lábios o mesmo
pedido e no coração a mesma disposição para aceitar, com humildade e alegria, a
resposta qualquer que ela fosse. Mons. Périer escutou, mais uma vez, as razões
da Ir. Tereza. A sua simplicidade, fervor e persistência convenceram-no de que
estava perante uma manifestação da vontade de Deus. Por isso, desta vez, mais
afável, aconselhou:
- Peça primeiro autorização à Madre Superiora.
A Irmã Tereza escreveu prontamente uma carta expondo o seu plano. A Superiora
viu nessas linhas a expressão da vontade de Deus. O que aquela religiosa pedia
era algo muito sério e exigente. Por isso, respondeu-lhe nestes termos:
"Se essa é a vontade de Deus, autorizo-te de todo o coração. De qualquer
maneira, lembra-te sempre da amizade que todas nós te consagramos. Se algum
dia, por qualquer razão, quiseres voltar para o meio de nós, fica sabendo que
te receberemos com amor de irmãs."
Mons. Périer pediu autorização a Roma para Irmã Tereza deixar as Irmãs de
Loreto, "para viver só, fora do claustro tendo Deus como único protetor e
guia, no meio dos mais pobres de Calcutá."
12 de Abril de 1948
A resposta de Pio XII chegou no dia 12 de Abril de 1948. Nela se concedia a
desejada autorização sublinhando-se que, embora deixando a congregação de Nossa
Senhora de Loreto, a Irmã Tereza continuava religiosa sob a obediência do
arcebispo de Calcutá.
08 de Agosto de 1948
Só em 08 de Agosto de 1948 ela deixou o colégio de Santa Maria. Custou imenso:
a ela, às companheiras, às alunas. Depois dirigiu-se para Patna, para fazer um
breve curso de enfermagem que julgava de imensa utilidade para a sua atividade
futura.
21 de Dezembro de 1948
Em 21 de dezembro de 1948, obtém a nacionalidade indiana. Data que reunia um
grupo de cinco crianças, num bairro imundo, a quem começou a dar escola. Pouco
a pouco, o grupo foi aumentando. Dez dias depois eram cerca de cinqüenta.
Tendo abandonado o hábito da Congregação de Loreto, a Irmã Tereza comprou um
sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Será o
seus novo hábito, o vestido duma modesta mulher indiana.
Com o alfabeto a irmã dava lições de higiene e de moral. Depois ia de abrigo em
abrigo levando, mais que donativos, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis
para qualquer trabalho. Não foi preciso muito tempo para que todos a
conhecessem. Quando ela passava, crianças famintas e sujas, deficientes,
enfermos de todas a espécie gritavam por ela com os olhos inundados de
esperança: Madre Tereza! Madre Tereza!
Mas o início foi duro. Ela sentiu a angústia terrível da solidão. Um dia,
depois de dar voltas e mais voltas, à procurada duma casa, era preciso um teto
para acolher os abandonados, pus-me a caminho para achá-lo. Caminhei e caminhei
ininterruptamente, até que já não pude mais. Então compreendi até que ponto de
esgotamento têm que chegar os verdadeiros pobres, sempre em busca de um pouco
de alimento, de remédio, de tudo
Há fatos curiosos na vida de Madre Tereza em que podemos ver um sinal da
aprovação de Deus à sua obra. Ela mesma conta:
"Era a minha primeira volta pelas ruas de Calcutá depois de ter deixado
Loreto e ter regressado de Patna. A certa altura aproximou-se mim um sacerdote
pedindo-me um donativo para uma coleta que estava a realizar-se a favor da boa
imprensa. Tinha saído de casa com cinco rúpias. Já tinha dado quatro aos
pobres. Entreguei-lhe a única rúpia que me restava. ao entardecer, o mesmo
sacerdote veio ao meu encontro com um envelope. disse-me que lhe tinha sido
dado por um senhor desconhecido que ouvira falar dos meus projetos e me queria
ajudar. No envelope vinham cinqüenta rúpias. Naquele momento tive a sensação de
que Deus começava a abençoar a minha obra e que nunca me abandonaria."
19 de Março de 1949
Mas uma outra benção de Deus foram as vocações que começaram a surgir
precisamente entre as suas antigas alunas. A primeira foi Shubashini Das. Era
uma linda jovem, dotada de bastante inteligência, filha de uma boa família.
Disse-lhe: - Madre Tereza, se me aceitar, estou disposta a ficar consigo e a
colocar a minha vida ao serviço dos pobres. - Minha filha, pensa melhor, reza
mais e, daqui a a algum tempo, vem ter novamente comigo.
Era quase o mesmo conselho que Mons. Périer lhe tinha dado, tempos atrás. A
jovem foi, pensou, rezou e no dia 19 de Março de 1949, dia de São José, era
aceita na nova Congregação, que começava a surgir, escolhendo como nome para
vida religiosa o nome de batismo da sua antiga professora: Agnes. A esta outras
se seguiram. Sem qualquer propaganda. Apenas atraídas pelo testemunho daquelas
que se chamariam, mais tarde, Missionárias da Caridade.
Madre Tereza conta assim o início da congregação:
"Uma a uma, a partir de 1949, vi chegar jovens que tinham sido minhas
alunas. Vinham com o desejo de dar tudo a Deus e tinham pressa em fazê-lo. Despojavam-se,
com íntima satisfação, dos seus saris luxuosos para revestir-se do nosso
humilde sari de algodão.
Vinham sabendo que se tratava de algo difícil. Quando uma filha das velhas
castas se coloca ao serviço dos párias, trata-se de ma revolução. A maior. A mais
difícil de todas: a revolução do amor!
Uma vida mais regular começou então para a nossa pequena comunidade. Abrimos
escolas enquanto continuávamos a visita aos bairros de lata. As vocações
afluíam e a nossa casa tornou-se muito pequena.
Ainda em 1949, começa a escrever as constituições das Missionárias da Caridade,
nome que dá à sua Congregação.
O primeiro trabalho com os doentes e moribundos recolhidos na rua era
lavar-lhes o rosto e o corpo. A maior parte não conhecia sequer o sabão e a
espuma metia-lhes medo. Se as Irmãs não vissem nestes infelizes o rosto de
Cristo, o trabalho tornar-se-lhes-ia impossível.
Nós queremos que eles saibam que há pessoas que os amam verdadeiramente. Aqui
eles encontram a sua dignidade de homens e morem num silêncio impressionante...
Deus ama o silêncio.
Os pobres não merecem só que os sirvamos, merecem também a alegria e as Irmãs
oferecem-na em
abundância.
O próprio espírito da nossa congregação é de abandono total,
de amor confiante e de alegria... É a nossa regra, para procurarmos "fazer
alguma coisa de belo por Deus!"
A lista dos bens das Irmãs é pequena: um prato esmaltado e coberto, dois saris
baratíssimos, um jogo de roupa interior grosseira, um par de sandálias, um
pedaço de sabão guardado numa caixa de cigarros, um travesseiro e um colchão
extremamente delgado, acompanhado de um par de lençóis e, para completar tudo,
um balde metálico com o respectivo número.
Assim, com o colchão enrolado debaixo do braço e as restantes coisas colocadas
no balde, a Irmã que viaja leva todos os bens consigo.
Ao menor sinal, as Irmãs estão preparadas para partir: "Com um pouco de
treino, diz uma delas consigo estar pronta para partir em trinta minutos."
07 de Outubro de 1950
A Congregação de Madre Tereza, foi aprovada pela Santa Sé em 7 de outubro de
1950.
Agosto de 1952
Em agosto de 1952, abre o lar infantil Sishi Bavan (Casa da Esperança) e
inaugura o seu famoso "Lar para Moribundos", em Kalighat, ao qual
dedica as suas melhores energias físicas e espirituais. A partir dessa data, a
sua Congregação começa a expandir-se de maneira irresistível pela Índia e por
todo o mundo. Na Índia, principia por Ranchi e continua depois por Nova Delhi e
Bombaim; nesta cidade, será recebida pelo papa Paulo VI em 1964.
A obra de Madre Tereza cresceu rapidamente. Não trazia esquemas pré-fabricados.
O ritmo e as iniciativas eram marcadas pelo inesperado de cada dia.
No ano de 1952 percorria, como de costume, as ruas prestando ajuda aos mais
necessitados. de repente, parou diante de um espetáculo horripilante: uma
mulher agonizava no meio de escombros, roída pelos ratos pelas formigas.
Madre Tereza aproximou-se e ouviu um queixume em voz muito tênue: E dizer que
foi o meu próprio filho que me lançou para aqui!
Recolheu-a e levou-a ao hospital mais próximo. Quando viram aquele semi-cadáver
responderam a Madre Tereza:
- Aqui não há lugar para estes casos!
Não podemos aceitar essa mulher!
- Pois eu não sairei daqui enquanto vós a não receberdes.
A mulher entrou mas morreu pouco depois.
De regresso a casa, Madre Tereza pensou na sorte dos moribundos que todos dias
morrem pelas ruas de Calcutá sem ninguém lhes prestar assistência. A imprensa
tinha abordado este problema precisamente naqueles dias. Madre Tereza
aproveitou a oportunidade e disse à autoridades:
- Dêem-me um local que eu encarrego-me de tratar dos moribundos.
Deram-lhe duas grandes salas de um edifício contíguo ao templo da deusa Kali
denominado "Casa do Peregrino" porque servia de dormitório aos
peregrinos. Ela mudou-lhe o nome. Chamou-lhe "Casa do Moribundo."
Os bonzos não levaram a bem esta entrega duma dependência sagrada a uma mulher
católica. Consideraram-na uma profanação. Resolveram, por isso, encarregar um
de espiar todos os movimentos da religiosa e de, no momento oportuno,
desfazer-se dela. Tendo conhecimento deste plano, Madre Tereza apresentou-se ao
chefe e disse-lhe:
- Se querem matar-me, matem-me agora mesmo, mas não façam mal aos meus pobres
moribundos.
Ele ficou surpreendido com a atitude valorosa desta mulher que veio confirmar
as boas informações já dadas pelo espião:
- Observei com todo o cuidado a ação daquela mulher e a minha impressão foi de
que, ao olhar para ela, me pareceu ver a própria deusa Kali em ação. Não façais,
portanto, mal a essa mulher.
Pouco a pouco, os bonzos tornaram-se seus amigos. Para isso contribuiu muito um
fato que a própria Madre Tereza conta assim:
"Um desses bonzos contraiu a tuberculose. Nenhum hospital o teria
recebido. Nós fizemos todo o possível para o curar.
Os seus companheiros vinham vê-lo. Ao princípio blasfemava contra Deus levado
pelo desespero da sua doença. Da nossa parte não nos poupávamos a esforços para
lhe sermos agradáveis e minorar a suas dores.
Pouco a pouco, a sua atitude foi mudando. Chegou até a pedir a benção antes da
morte que foi muito serena. Os seus companheiros não conseguiam explicar o que
tinha acontecido.
Depois disto, os sacerdotes da deusa Kali nunca deixaram de demonstrar-nos a
sua amizade e até de dar-nos a sua colaboração, em muitos casos..."
Abril de 1953
Na catedral do Santíssimo rosário, as primeiras Missionárias da Caridade fazem
os seu votos religiosos.
01 de fevereiro de 1965
A ordem é aprovada pela Santa sé; e, com a proteção da aprovação pontifícia,
estende-se por toda a Índia. Ainda em 1965, funda no dia 26 de Julho a sua
primeira casa na América Latina, concretamente na Venezuela, na Arquidiocese de
Barquisimeto, em 1967, abre outra no próprio coração da cristandade, em Roma,
por desejo expresso de Paulo VI; mais adiante, João Paulo II dar-lhe-á de
presente uma casa dentro do próprio Vaticano.
22 de Agosto de 1968
A partir desta data, a Congregação estende-se por outras regiões: Ceilão,
Itália, Austrália, Bangladesh, Ilhas Maurícias, Peru, Canadá, etc.
8 de Dezembro de 1970
As Missionárias da caridade abrem a sua primeira casa em Londres e fixam aí o
aspirantado e noviciado para a Europa e América.
Em 1973
Em 1973, abre uma casa em gaza, na Palestina, para atender os refugiados, e e
celebra a primeira Assembléia Internacional dos colaboradores das Missionárias
da caridade, instituição cujos estatutos tinha sido aprovados em 1969, e que
reúne centenas de milhares de pessoas de todo o mundo: 50.000 leigos, aos quais
é preciso acrescentar todos os doentes e todos os que sofrem e oferecem a sua
dor pelas intenções da Madre Tereza.
15 de junho de 1976
Em 15 de junho de 1976, precisamente em Nova York, que era, no entender dela, o lugar
mais necessitado de oração, funda o ramo contemplativo das Missionárias da Caridade.
E em dezembro de 1976, inaugura centros de assistência no México e Guatemala.
17 de Outubro de 1979
Recebe o Prêmio Nobel da Paz. Ainda em 1979, João Paulo II recebe-a em
audiência privada e ela converte-se, sem nunca ter estudado diplomacia, na
melhor "embaixadora" do Papa em todas as nações, fóruns e assembléias
do universo.
28 de Junho de 1980
Skoplje nomeia-a "Cidadã Ilustre". Muitas universidades lhe
conferiram o título "Honoris Causa". E ainda em 1980, recebe a Ordem
"Distinguished Public Service Award" nos EUA.
Em 1981
Em 1981, inaugura em Berlim oriental a primeira das suas fundações em países
submetidos ao marxismo. Anos mais tarde, será recebida por Mikhail Gorbachov e
abrirá uma casa na Rússia. E o mesmo fará em Cuba.
Em 1983
Em 1983, estando em Roma, sofre o primeiro grave ataque do coração. Tinha 73
anos. Foi muito bem atendida e o médico disse-lhe: "A senhora tem coração
para mais trinta anos" Tomou isso ao pé da letra e nem febre alta a fazia
descansar.
Em 1985
Em setembro de 1985, é reeleita Superiora das Missionárias da Caridade pelo
Capítulo geral da Congregação. Só outra Irmã, Sor Josepha Michael, viu o seu
nome escrito num dos votos: o que fora depositado na urna eleitoral pela Madre
Tereza... Os outros 66 foram unânimes. Nesse mesmo ano, recebe do Presidente
Reagan, na Casa Branca, a Medalha presidencial da Liberdade, a mais alta
condecoração do país mais poderoso da terra . Participa de Sínodos, como o de
1986, e dos atos do Ano Mariano de 1987 e do Ano Santo da Redenção, bem como
das viagens papais.
Agosto de 1987
Em agosto de 1987, vai à União Soviética e é condecorada com a Medalha de ouro
do Comitê soviético da Paz. Pouco depois, visita a China e a Coréia.
Agosto de 1989
Em agosto de 1989, realiza um dos seus sonhos: abrir uma casa na sua Albânia
natal que, apesar de ser um dos países mais pobres, injustos e atrasados do
planeta, até há pouco fazia gala de ser o país mais ateu do mundo, o único em cuja Constituição
figurava paradoxalmente o ateísmo como "religião do estado".
Setembro de 1989
Em setembro de 1989, sofre o seu segundo ataque do coração e corre sério risco
de vida, mas recupera-se e retoma o seu incrível trabalho com mais ardor e
vigor do que antes, apesar do marcapasso.
Em 1990
Em 1990, pede ao Papa para ser substituída no seu cargo, mas volta ser reeleita
por outros seis anos, até 1996, e o Papa torna a confirmá-la - Já o fizera
outra vez antes - como Superiora das Missionárias da Caridade.
05 de Setembro de 1997 , depois de sofrer uma última parada cardíaca, foi a vez
dela encontrar-se, desta vez definitivamente, com o Dono e Senhor da sua alma.
Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da Igreja de São
Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado.
O mesmo veículo que, em 1948, transportara o corpo do Mahatma Gandhi foi
utilizado para realizar o cortejo fúnebre da Mãe dos pobres.
Entre os 124 reconhecimentos recebidos:
Prêmio Padmashree (do Presidente da Índia) agosto de 1962
Prêmio pela Paz do Papa João XXIII, janeiro de 1971
Prêmio Internacional John F. Kennedy, setembro 1971
Prêmio Jawahalal Nehru pelo acordo Internacional, novembro 1972
Prêmio Templeton pelo “Progresso em Religião”, abril de 1973
Prêmio Nobel pela Paz, Dezembro 1979
Bharat Ratna (jóia da Índia), março de 1980.
Ordem do Mérito (da Rainha Elisabete), novembro 1983
Medalha de ouro do Comitê do Soviet pela paz, agosto 1987
Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos. Junho de 1997
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Domingo 19 de outubro de 2003
BEATIFICAÇÃO DE MADRE TEREZA
O Papa João Paulo II proclamará “Beata” Madre Tereza de Calcutá. Neste dia, no
ano dedicado ao Rosário, a Igreja também celebra o 25º aniversário de
pontificado do Santo Padre e a Jornada Missionária Mundial. O chamado dirigido
por Jesus à Madre Tereza em 1946. “Venha, seja a minha Luz” ressoará novamente
na praça São Pedro, e seremos convidados a irradiar a luz de Cristo nas trevas
da pobreza e da dor humana.
O Milagre para Beatificação de Madre Tereza
Uma hipótese interessava um filipino que devia sofrer uma cirurgia por um
cálculo biliar de grandes dimensões, desaparecido após as orações de
intercessão a Madre Teresa. Mas depois escolhemos a possível cura milagrosa de
Monika Besra, uma mulher indiana de 30 anos, animista, casada e com filhos, com
um abscesso no abdômen".
Assim, pela primeira vez, declara padre Brian Kolodiejchuk, o postulador da
causa de beatificação de Madre Teresa de Calcutá, em entrevista exclusiva feita
à revista italiana "Famiglia Cristiana" que está sendo distribuída
neste semana.
Os médicos, acrescentou padre Brian, pensavam que era demasiado fraca para
enfrentar uma cirurgia, enquanto isso a situação piorava com o passar das
horas. Algumas Missionárias da Caridade que a assistiam, às 17h00 do dia 5 de
setembro de 1990 (exatamente um ano após a morte de Madre Teresa), iniciaram a
rezar e lhe coloram sobre a barriga uma "medalha milagrosa" que
esteve em contato com o corpo de Madre Teresa antes de ser sepultada.
Durante a noite, lembrou a doente, que durante este tempo adormecera, acordou e
percebeu que o abscesso tinha desaparecido, e as visitas médicas seguintes
verificaram que a mulher tinha voltado a ter uma saúde normal.
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Perguntas e respostas
de Madre Tereza
O dia mais belo? Hoje.
A coisa mais fácil? Errar.
O maior obstáculo? O medo.
O maior erro? Abandono.
A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distração mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desânimo.
Melhores professores? As crianças.
A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que mais lhe faz feliz? Ser útil aos demais.
O maior mistério? A morte.
O pior defeito? O mau humor.
A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento mais ruim? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.
A rota mais rápida? O caminho certo.
A sensação mais agradável? A paz interior.
A proteção efetiva? O sorriso.
O melhor remédio? O otimismo.
A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A mais bela de todas as coisas? O amor.
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Uma Pequena Mensagem de Madre Tereza
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para
outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem Paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.
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Sobre a comunhão na mão:
MADRE TERESA DE CALCUTÁ manifestou que o pior mal do mundo era o rito da
Comunhão na mão.
Tal é lógico, pois se se trata de um rito desade quado, torna-se causa de
profanação e dessacralização. Deste modo perdem-se as graças.
"Se a Graça do Senhor vale mais do que a vida, e a Eucaristia é a Vida do
mundo , o rito aludido é um mal de primeira grandeza". (cfr. "The
Wanderer", 23-3-89; e "The Fatima Crusader", 3º Trim. 89).
www.portalanjo.com