A oitava turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) condenou, neste quarta-feira (27), em 2ª instância o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia.
A decisão foi
unânime. O relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, votou pelo
aumento da sentença para 17 anos, um mês e 10 dias. Os desembargadores Leandro
Paulsen e Eduardo Thompson Flores Luz acompanharam integralmente o voto.
Lula havia
sido condenado
em 1ª instância, em fevereiro de 2019, a 12 anos e 11 meses de prisão por
corrupção e lavagem de dinheiro.
TRF-4 citou STF e ‘alegações finais’, mas não anulou
sentença
Antes de
julgar o mérito – ou seja, de tratar dos recurso da defesa de Lula sobre a
condenação em si –, o TRF-4
rejeitou por unanimidade os pedidos da defesa para anulação da sentença (no
julgamento das chamadas preliminares).
Uma eventual
anulação poderia ter feito a ação voltar à primeira instância, para que fosse
alterada a ordem de apresentação das alegações finais. Conforme recente decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF), réus que não são delatores, caso de Lula,
devem apresentar alegações finais por último.
No caso do
processo do sítio, todos os réus tiveram o mesmo prazo para apresentar as
alegações.
- Para Gebran
Neto e Thompson, no entanto, o entendimento do STF não se aplica a este caso de
Lula e do sítio em Atibaia – valeria apenas para caso posteriores à decisão do
STF.
- Já Paulsen
afirmou, com relação a isso, que o andamento do processo não gerou nenhum
prejuízo aos réus. "Nas alegações finais, não foi suscitado nenhum
conteúdo estranho ao que há havia sido debatido", disse.
Assim, por
unanimidade, ficou definida a manutenção do processo na segunda instância.
O que acontece após o julgamento?
Com a
condenação mantida na 2º instância, Lula não voltará a ser preso de imediato,
com base na mesma decisão do Supremo que permitiu que ele fosse solto no caso
do triplex. Uma eventual prisão deverá ocorrer só depois que não houver mais
possibilidade de recurso.
DEFATO.COM
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