O Senado
aprovou, na tarde de ontem (27), a medida provisória (MP) que cria o programa
Médicos pelo Brasil. A MP expiraria nesta quinta-feira (28) e perderia a
validade de não fosse votada. A matéria vai agora à sanção presidencial.
No dia
(26), o texto foi aprovado na Câmara dos Deputados e chegou ao Senado para uma
aprovação rápida, sob risco de expirar. No entanto, o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia se comprometido a votar a MP, mesmo com pouco
tempo para apreciação da matéria. “Ela [MP] é importante, tem que votar, vou
falar com os senadores. Mesmo faltando um dia [para expirar] a gente vai botar
para votar”, disse ele, na semana passada.
Assinada
pelo presidente Jair Bolsonaro em 1º de agosto, a MP amplia em pouco mais de
7,3 mil o número de médicos nas áreas mais carentes do país – 55% dos
profissionais serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste.
O
programa Médicos pelo Brasil, lançado em substituição ao Mais Médicos, criado
em 2013, também define novos critérios para realocação dos profissionais
considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência
dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. A nova proposta ainda
prevê formação de especialistas em medicina da família e comunidade.
De acordo
com as regras do programa, os profissionais deverão ser selecionados para duas
funções: médicos de família e comunidade e tutor médico. Todos deverão ter
registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Revalida
O Senado
aprovou, em seguida, o projeto de lei (PL) que institui o Revalida, programa
que faz a revalidação dos diplomas de médicos formados em universidades do
exterior. Esses profissionais, inclusive os cubanos que deixaram o Mais Médicos
e continuaram no Brasil, terão de passar pelo processo de revalidação do
diploma para obter o registro e atuar no novo programa.
Segundo o
texto, poderão participar do programa, que terá duas edições a cada ano,
faculdades privadas com cursos de medicina cuja nota de avaliação no Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) seja 4 ou 5. O programa será
acompanhado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Agência
Brasil
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