
Um trecho da delação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem assustado seus ex-colegas na Câmara dos Deputados.
É o que revela os deputados federais que receberam dinheiro para votar a
favor do impeachment de Dilma Rousseff, em abril do ano passado, quando
Cunha presidia a Câmara. A denúncia, que consta na proposta de delação,
já teria sido aceita pelo Ministério Público Federal.
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, do Globo, Cunha, que está preso
desde outubro, "não se limitou a dar os nomes – a maioria deles do PMDB.
Citou as fontes pagadoras e implicou o presidente Michel Temer.
Reconheceu que ele mesmo em alguns casos atuou para que os pagamentos
fossem feitos".
Noblat diz ainda que Cunha "contou o que viu e acompanhou de perto e o
que ficou sabendo depois. Não poupou nem aqueles deputados considerados
mais próximos dele", uma forma de retaliar os que o abandonaram numa
hora difícil - ele teve seu mandato cassado por 450 votos.
O acordo de delação premiada de Cunha, que é feito simultaneamente ao do
operador Lúcio Funaro, que também está preso, podem servir de base para
uma nova denúncia contra Michel Temer, a ser apresentada pela
Procuradoria Geral da República.
A denúncia de Cunha sobre o impeachment só comprova ainda mais que tudo não se passou de um golpe.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fonte: Brasil 247