– Enquanto o Pezão está na vida boa, o meu filho está morto. Ele era tudo para mim, ele que resolvia os meus problemas. Como vou viver sem o meu filho? – questionou Maria da Glória, que é moradora de Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Ela ainda acrescentou que pediu para o filho se aposentar:
– Eu pedi tanto para ele se aposentar esse ano, mas ele queria esperar até o ano que vem. A UPP tem que acabar antes que acabem com todos os policiais primeiro – lamentou.
Hudson é descrito pelos mais próximos como uma pessoa bastante calma, tanto que nem tinha Facebook de tão reservado que era. O sargento estava há mais de um ano trabalhando como supervisor de equipes na UPP Vidigal e completaria 15 anos na Polícia Militar em setembro deste ano. Hudson era casado e deixa duas filhas. Ainda não há informações sobre seu enterro. A família aguarda uma irmã de Hudson voltar dos EUA para poder enterrá-lo.
Suspeitos identificados
Hudson morreu enquanto policiais faziam patrulhamento pela Rua Presidente João Goulart, uma das principais vias da comunidade, quando criminosos armados teriam atacado a guarnição, por volta das 4h30. Houve tiroteio. O militar chegou a ser levado para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul do Rio, mas não resistiu aos ferimentos.
A Divisão de Homicídios (DH) investiga o caso.
Manifestação pede fim de mortes

Com a morte de Hudson, sobe para 91 o número de PM’s mortos no Rio de Janeiro somente este ano. Neste sábado, o soldado Fabiano de Brito e Silva, de 35 anos, foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. Cerca de 500 pessoas acompanharam a cerimônia. O PM estava há três anos na corporação, e não resistiu aos ferimentos ao ser atingido na barriga, após reagir a um assalto na Rua Clara de Araújo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na manhã da última sexta-feira.