Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira 31 a
megaoperação Caixa Forte 2, para investigar tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
praticados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. Para a
ação, foram mobilizados 1,1 mil policiais federais, que cumpriram 623 mandados
judiciais em 19 estados, no DF e no Chile.
No Rio Grande do Norte, foram cumpridos 22 mandados, sendo 19 de
prisão e 1 de busca e apreensão em Mossoró, na região Oeste, e mais dois mandados
de mandados de prisão em Nísia Floresta, na Grande Natal.
Mandados também foram cumpridos no Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará,
Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará,
Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo e no Chile.
Ao todo, foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte
422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão. Também
foi ordenado o bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
Setor do Progresso
Em nota, a PF informou que, na primeira fase da operação,
descobriu a existência do núcleo “Setor do Progresso”, que tinha como função
promover lavagem de dinheiro dos valores gerados com a atividade de tráfico de
drogas.
Setor da Ajuda
As investigações também conduziram a polícia ao chamado “Setor da
Ajuda”, criado para recompensar membros de uma facção recolhidos em presídios e
que mantinham contas bancárias para onde parte do dinheiro oriundo das
atividades era destinada. Em alguns casos, as quantias eram depositadas em
contas de pessoas que não pertenciam ao grupo criminoso, para despistar as
autoridades policiais.
Alto Escalão
A PF apurou, ainda, que foram identificados 210 integrantes do
alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores
mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou
executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de
servidores públicos.
Os presos deverão responder por crimes de participação em
organização criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.
AGORA RN