O pastor foragido que foi preso por
assassinato na noite do último dia 15 de fevereiro, na sede da igreja
Assembleia de Deus, localizada na avenida Getulio Vargas, em Joinville,
participou de uma audiência de custodia na 2ª Vara Criminal de
Joinville. Edilson Turato, é acusado de matar seu companheiro, com quem
mantinha um relacionamento homoafetivo.
Durante o procedimento, o juiz
determinou que Edilson Turato, 44 anos, fosse mantido algemado devido a
segurança deficitária do local. A audiência foi em função de que no
momento da prisão, o pastor apresentou aos policiais, carteira de
identidade, CPF e título de eleitor do seu irmão, Carlos Roberto Turato,
já falecido.
A prisão
Os policiais que realizaram a prisão,
receberam a informação da agência de inteligência 8º Batalhão da Polícia
Militar sobre a localização de Edilson, que possuía um mandado de
prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de São Vicente/SP pelo
crime de homicídio qualificado. Ele foi condenado a 12 anos de prisão
por um Tribunal do Júri, realizado em 2012, e desde então, estava
foragido da justiça paulista.
Não se afastou da delinquência
A defesa de Edilson requereu ao juiz, a
liberdade provisória, a qual, foi negada pelo magistrado. “A prisão
provisória justifica-se para assegurar o cumprimento da lei penal na
medida que o acusado praticou o crime justamente para se eximir da
responsabilidade penal por outro fato (homicídio). Além do mais, o
indiciado é reincidente em crime doloso contra a vida e estava foragido
desde 03/09/2012, revelando que a condenação anterior não serviu para
afastá-lo da delinquência. Converte-se, pois, a prisão em flagrante em
prisão preventiva.”, determinou o juiz.
O assassinato
De acordo com o Tribunal de Justiça de
São Paulo, o crime aconteceu na noite do dia 15 de janeiro de 1997, em
São Vicente, no Litoral Paulista, na casa onde vivia o casal. Segundo
relato do próprio pastor a justiça paulista, o relacionamento
homossexual com seu companheiro, Marco Antonio Gomes, era conturbado
devido ao excessivo ciúme de Marco e o constante uso de drogas do
pastor. Edilson turato alegou legitima defesa, porém, a tese foi
rejeitada por unanimidade pelos jurados. “Aproveitando-se da embriaguez
da vítima e com emprego de meio cruel e surpresa, desferiu um golpe com
uma garrafa na cabeça e na sequência desferiu vários golpes de faca
contra Marcos Antonio Gomes, causando-lhe ferimentos na cabeça, tórax,
abdômen, região dorsolombar e membros superiores”, observou a justiça de
São Paulo.
A versão da Assembleia de Deus
A igreja Assembleia de Deus emitiu nota
alegando que Edilson Turato não era pastor e apenas freqüentava o local.
“Diante do fato do envolvimento do nome da Igreja Evangélica Assembleia
de Deus em Joinville, quando da prisão do Sr Edilson Turato, dizendo
ser pastor da mesma, queremos esclarecer que: O Sr Edilson Turato não é
membro e nem tem vínculo nenhum com a IEADJO. Outro porque, se tenta
vincular é, pelo fato dele estar no estacionamento da IEADJO na hora de
sua prisão, quando o mesmo chegava para assistir ao culto, assim como
fazem centenas de pessoas todos os dias. A Igreja Evangélica Assembleia
de Deus em Joinville está isenta de qualquer responsabilidade sobre o
ocorrido com Sr Edilson Turato”,alegou a assessoria de imprensa da
Assembleia de Deus.
No entanto, após a notícia ser
publicada, vários vídeos, fotos e comentários fragilizaram a versão
apresentada pela Assembleia de Deus. Em muitas imagens publicadas na
rede mundial de computadores, o pastor aparecia em lugar de destaque na
igreja e em vídeos ele é anunciado com pastor.
Gazeta de Joinville