O presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, disse que pretende
construir uma pauta com propostas estruturantes para o combater os
efeitos da seca na região Nordeste. Ele presidiu nesta quarta-feira (8),
uma comissão geral no Plenário Ulysses Guimarães para debater o
assunto. "No Império, buscavam-se os meios para ‘acabar coma
seca’, mas hoje sabemos que ela é um fenômeno com o qual precisamos
aprender a conviver. A ocorrência cíclica da seca não pode resultar em
desastre para a população", ressaltou.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, foi um dos
convidados. Ele debateu com os deputados, produtores e trabalhadores
rurais, especialistas e representantes do governo federal medidas para
reduzir os impactos econômicos e sociais da estiagem que atinge mais de
1.400 municípios nordestinos. O ministro da Previdência Social,
Garibaldi Filho, também acompanhou o debate.
"Precisamos buscar soluções estruturantes e não repetir soluções
imperfeitas, que apenas são emergenciais", alertou Henrique Alves. Entre
as ações que teriam caráter mais duradouro, ele citou a transposição
das águas do Rio São Francisco para perenizar vários rios do nordeste
setentrional no período da estiagem e a aprovação de um estatuto para o
crédito rural. "São algumas propostas que permitem a convivência digna
com a seca", disse.
Vários potiguares participaram do debate, entre eles, o secretário de
Agricultura, Júnior Teixeira e Henderson Abreu, diretor geral da
Amater. Também compareceram: o presidente da Federação da Agricultura do
Rio Grande do Norte (faern), José Vieira; Nivaldo Brum e Joana D’arc,
da Associação dos Criadores do Seridó e Guilherme Ferreira, da
Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc).
DNOCS
O deputado Henrique Eduardo Alves também comentou a transferência da
sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para
Brasília. Ele acredita que a ideia é bem intencionada e tem o objetivo
de deixar o órgão mais próximo das decisões. No entanto, o presidente da
Câmara reconhece que a transferência do Dnocs para a capital federal
enfrenta muita resistência.
Da Assessoria de Imprensa