Itep esclarece cinco fatos sobre o ‘Boa Noite, Cinderela’

Encerrando o agosto Lilás, campanha voltada para a conscientização pelo enfrentamento à violência contra a mulher, o Instituto Técnico-científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP/RN) aborda um tema importante: a ação criminosa conhecida como Boa Noite, Cinderela.

"Boa Noite Cinderela" é uma expressão que se refere a uma prática criminosa na qual uma substância é adicionada à bebida de alguém sem o seu conhecimento, com o objetivo de deixá-lo inconsciente ou desorientado. Geralmente, isso é feito com a intenção de cometer crimes como roubo ou abuso. E as mulheres são as maiores vítima.

Como forma de esclarecer a população sobre tal prática, o Setor de Química Forense do Laboratório de Perícias Forenses do Itep traz 5 Coisas Que Você Precisa Saber Sobre o Boa Noite, Cinderela:

1 - Embora frequentemente associado ao crime de estupro, o Boa Noite, Cinderela também é utilizado para cometer outros crimes como furto, roubo, extorsão e maus tratos a pessoas vulneráveis.

2 - A maioria das substâncias utilizadas são potencializadas pelo álcool e frequentemente utilizadas como drogas recreativas, por causarem efeitos como desinibição e euforia.

3 - Em geral, as substâncias adicionadas em drinks para facilitar crimes não possuem cor, odor ou sabor. Entretanto, alguns fabricantes de medicamentos adicionam intencionalmente corantes nessas formulações, para facilitar a percepção da vítima de que uma substância pode ter sido adicionada em sua bebida.

4 - A incidência desse tipo de golpe é subestimada, uma vez que frequentemente as vítimas deixam de notificar as autoridades devido a medo, vergonha ou até mesmo devido a não recordarem com clareza os acontecimentos. Estima-se que apenas 10 a 20% desses crimes sejam denunciados.

5 - O tempo é crucial para a detecção de drogas facilitadoras de crime em amostras biológicas da vítima. Por isso, ao suspeitar-se de ter sido vítima desse tipo de golpe, a vítima deve procurar o mais rápido possível as autoridades para ser realizado o exame de corpo de delito.

 ASSECOM