Em conversa com o MOSSORÓ HOJE, a estudante de Enfermagem Maria Martins, informou que o grupo solicita uma reunião com autoridades e reitoria da universidade afim de discutir a pauta do protesto. "Até que esse descaso cesse!", frisou a estudante.
Entre os assuntos da pauta estão o retorno das atividades, que estão suspensas por falta de pagamento dos terceirizados e melhorias no campus.
De acordo com Maria Martins, os estudantes protestam também contra a PEC 55, que limita os gastos públicos, a Reforma do Ensino Médio, a Escola sem Partido e entrega do Pré-sal às empresas estrangeiras.
"No âmbito estadual reivindicamos a Assistência estudantil: Bolsas, Residência Universitária e o Restaurante Universitário; a reestruturação da rede elétrica do CAMEAM, as obras que permanecem paradas (Biblioteca), o pagamento em dia dos funcionários da UERN", destacou a estudante.
Segundo a universitária a ocupação do campus tem como objetivo mostrar à população o descaso por qual passa a UERN.
"A ocupação objetiva mostrar a população o descaso e sucateamento que vem ocorrendo com a educação pública, inclusive a UERN, lutando pelos direitos que vem sendo negados a todos os brasileiros", conclui.
Maria Martins informa que os estudantes continuarão ocupando a universidade sem data prevista para saída. Os estudantes já conversaram com a direção do campus e eles têm mantido o diálogo.
No início da tarde de hoje o MOSSORÓ HOJE conversou com o professor do campus Gilton Sampaio. Ele destacou que estava acontecendo uma reunião no auditório sobre os problemas enfrentados pela UERN, quando foi surpreendido pelos estudantes informando que iriam ocupar o campus.
“Estávamos em reunião no auditório, discutindo os problemas causados pela paralisação da Universidade em virtude do atraso no pagamento dos terceirizados, quando fomos surpreendidos com a presença dos alunos informando que iriam ocupar o campus. Eles garantiram que a luta é pela defesa do patrimônio e não pela sua depreciação”, destacou o docente.
O professor ainda destacou que a mobilização dos estudantes é resultado de uma série de fatores, entre eles a suspensão das atividades na Uern, a declaração do presidente do TJRN, Cláudio Santos, que defendeu a privatização da Universidade, e ainda a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos por um período de 20 anos.
“Os estudantes já vinham promovendo passeatas, mobilizações. Não sabemos ao certo quantos alunos estão na ocupação, pois eles estão divididos em grupos. No momento em que foram ao auditório eram cerca de 50 pessoas”, reforçou Gilton Sampaio.
Mossoró Hoje