Embora já esteja previsto um encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com lideranças evangélicas no próximo dia 8, a bancada quer uma segunda reunião, com quórum reduzido, para expor suas insatisfações.
A aprovação do projeto que legaliza os jogos de azar, com a atuação direta de integrantes do governo, foi só o episódio mais recente de uma série de desgastes acumulados. Há queixas sobre distribuição de emendas parlamentares e sobre a falta de comunicação com o segmento.
Na quinta-feira (24), o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) expôs a insatisfação em uma rede social. Poupando Bolsonaro, ele apontou “falha na liderança de articulação do governo”. “Se tivesse alinhamento ideológico, teríamos sepultado este projeto”, escreveu.
Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (União-RJ), afirma que os dois erros que precisam de ajuste nessa gestão são “comunicação e política”. “E eu falo de política partidária, mesmo. Por que até agora ninguém procurou o União Brasil para conversar sobre eleições?
O presidente vai precisar de tempo de televisão”, exemplifica.
A reunião prevista para o dia 8 será para “fazer a foto” e passar a imagem de união do segmento em torno de Bolsonaro. É uma resposta aos movimentos de outros pré-candidatos, que têm tentado se aproveitar dessas fissuras para se aproximar.
Para ir além da foto, no entanto, deputados afirmam que
Bolsonaro precisa mudar de postura e dar sinais objetivos de que prioriza essa
base.
Uma sugestão que deve ser apresentada no encontro reduzido será a de organizar
entrevistas para rádios e emissoras evangélicas. Também estará na mesa a
conversa sobre priorização em emendas parlamentares.
Fonte: O Tempo