O Congresso
Nacional criará uma comissão para discutir a crise na Venezuela com líderes de
países da América Latina. O grupo será formado por parlamentares de cada bloco
que compõe a comissão e deve se reunir no Panamá, sede do Parlamento
Latino-Americano (Parlatino). Os detalhes estão sendo definidos.
A informação foi
anunciada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Forças Armadas
do Congresso, senador Nelsinho Trad (PTB-MS).
“Nós pretendemos
nos reunir em um país neutro, como o Panamá, onde se encontra a sede do
Parlatino. [Juan Guaidó] disse que é membro do Parlatino, que congrega os
parlamentares da América Latina, e essa instituição existe justamente para
mediar ações dessa natureza”, afirmou Trad.
A afirmação
ocorreu após a visita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da
Venezuela, esteve hoje no Congresso Nacional e reuniu-se com parlamentares.
“A ideia foi
muito bem recebida por parte do presidente Juan Guaidó e nós vamos promover na
próxima reunião dessa comissão e já marcar a reunião a ser feita no Panamá”,
disse o senador, sem informar a data do próximo encontro.”
Alternativas
De acordo com
Trad, as ações medidas por países da América Latina são as melhores soluções
para conter a crise venezuelana. “Entendemos que esse é um caminho de saída
diplomática onde nós haveremos, com vários parlamentares da América Latina,
demonstrar o apoio da volta da democracia e às eleições livres para a
Venezuela. Ele já colocou o contato de um deputado da Venezuela para que a
gente possa formatar a ação dessa reunião no Panamá”,disse.
Segundo o
senador, Guaidó descartou pedir asilo político a outros países em virtude de
ameaças que estaria sofrendo de autoridades venezuelanas que não reconhecem o
seu papel. “Ele disse que a causa que está levando supera qualquer temor em
relação a ele e sua família.
O venezuelano
foi ao Congresso após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do
Planalto. Em pronunciamento após o encontro, ele agradeceu o apoio do governo
brasileiro na ajuda humanitária ao país vizinho e classificou o encontro com
Bolsonaro como um marco no resgate das relações entre os dois países.
“É um marco para
resgatar um relacionamento positivo que beneficie nossa gente. Na Venezuela,
estamos lutando por eleições livres, no marco da Constituição, democráticas”,
afirmou o líder opositor, reconhecido por mais de 50 países, incluindo o
Brasil, como presidente legítimo do país.
Agência Brasil