O deputado estadual Kelps Lima (SD) confirmou a possibilidade de apresentar seu nome para a disputa ao governo do Rio Grande do Norte em 2018. Em análise dos atuais nomes ventilados para o cargo, o parlamentar constatou um “vácuo político”. Ele afirmou que, caso seja candidato, sua plataforma de campanha deve se basear na educação e em economia. Em entrevista ao Agora Jornal, ele falou sobre esses e outros pontos de sua provável candidatura.
AGORA JORNAL – O senhor será candidato ao governo do RN?
KELPS LIMA – O partido deliberou, na última sexta-feira, 23, apresentar meu nome à avaliação nas pesquisas eleitorais. Vamos tentar viabilizar outros projetos nos próximos 60 dias (até 30 de abril). Se conseguirmos alcançar o patamar que desejamos nas pesquisas, vamos prosseguir com o projeto [da candidatura] até o final.
AJ – Por que o senhor decidiu se lançar ao governo?
KP – Constatamos que há uma parcela muito grande de pessoas que não se identifica com os atuais pré-candidatos, o que não quer dizer que eles vão se identificar com a gente; não temos essa certeza. Mas, se achamos que podemos preencher esse vácuo, vamos tentar. Vamos rodar o Rio Grande do Norte inteiro nesses 60 dias. Eu, Magnólia Figueiredo (pré-candidata ao Senado), e Breno Queiroga, nosso coordenador de plano de governo, e vamos apresentá-lo em todas as regiões do estado. Ao final desse processo, vamos fazer essa avaliação.
AJ – Caso sua candidatura seja concretizada, qual será sua plataforma de campanha?
KP – Queremos apresentar um projeto moderno com três estruturações básicas: primeiro, um plano de desenvolvimento econômico. Acreditamos que um dos pilares para combater a atual crise no RN é uma plataforma vinculada à educação; segundo, precisamos modernizar a máquina pública. Ela precisa ser mais ágil, mais transparente e padronizada; e terceiro, precisamos de participação social, porque esse tipo de transformação é traumática. Cumprir esses três eixos é o principal, mas há um longo detalhamento de ações efetivas em cada umas das áreas da máquina pública. Esse é o foco número um do projeto: econômico e com educação.
AJ – O governador Robinson Faria (PSD) está sendo cogitado para uma tentativa de reeleição; a senadora Fátima Bezerra (PT) e o prefeito Carlos Eduardo (PDT) também têm seus nomes ventilados para tentar o governo do RN. Como o senhor avalia seus possíveis adversários?
KP – A candidatura de Robinson representa um governo que vem dando errado e sendo rejeitado pela população. A pré-candidata Fátima Bezerra até agora não apresentou nenhuma proposta para o RN. Ela está focada em uma pauta nacional e partidária, enquanto temos problemas locais da máquina pública. Já a possível candidatura do prefeito tem como “patrocinadores máster” os senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Alves (PMDB), que representam tudo o que há de mais atrasado na política no Estado.
AJ – Como o senhor analisa as políticas de desenvolvimento econômico adotadas no Estado?
Não tem política econômica no RN nenhuma. Há atividades econômicas que funcionam, apesar do governo atrapalhar bastante. Não há boa infraestrutura; a carga tributária é muito pesada e não há políticas públicas implementadas pelo governo para o desenvolvimento de nenhuma área específica. Se for perguntar a presidentes, sindicatos e federações de todos os setores, eles vão dizer a mesma coisa.
Agora RN