A Petrobras informou hoje (18) que não pode antecipar decisões
sobre manutenção ou ajustes de preços de combustíveis, devido ao momento
“desafiador e de alta volatilidade”.
Em nota para esclarecer a população sobre os preços de
gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), a empresa afirmou que tem
“sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade e mantém
monitoramento diário do mercado".
Segundo a Petrobras, foi observada, nos últimos dias, redução
dos níveis de preços internacionais de derivados, seguida de forte aumento
ontem (17).
Invasão da Ucrânia
"Seguimos em ambiente de muita incerteza, com aumento na
demanda por combustíveis no mundo, num momento em que os desdobramentos da
guerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta, gerando uma competição no
mundo pelo fornecimento de produtos", diz a nota. De acordo com a empresa,
esse cenário "reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam
alinhados ao mercado global para assegurar a normalidade do abastecimento e
mitigar riscos de falta de produto".
A Petrobras lembrou ainda que, nos últimos meses, o mercado
internacional de petróleo veio enfrentando elevada volatilidade, devido à
pandemia de covid-19. Essa volatilidade dos preços ganhou um componente
adicional com a tensão geopolítica na Europa, que culminou com a invasão da
Ucrânia pela Rússia no último dia 24 de fevereiro.
“Em um primeiro momento, apesar da disparada dos preços
internacionais, a Petrobras, ao avaliar a conjuntura de mercado e preços
conforme governança estabelecida, decidiu não repassar de imediato a
volatilidade, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
Somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares
consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes nos seus preços de
venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP”, relata a nota.
Reflexo
A empresa esclareceu que os valores aplicados naquele momento,
embora tivessem sido significativos, refletiam somente “parte da elevação dos
patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados
pela oferta limitada, frente à demanda mundial por energia”.
De acordo com a empresa, esse movimento acompanhou o de outros
fornecedores de combustíveis no Brasil que haviam promovido ajustes nos seus
preços de venda antes da Petrobras. Analisou que a medida foi necessária para
garantir o suprimento do mercado brasileiro, afastando riscos de
desabastecimento, tanto por distribuidores, como importadores e outros
produtores, além da Petrobras.
“A Petrobras segue todos os ritos de governança e busca um
equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita repassar para os preços
internos as volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio,
causadas por eventos conjunturais”, continua a nota.
Na avaliação da companhia, esse posicionamento permitiu que os
preços nas refinarias da Petrobras permanecessem estáveis por 152 dias para o
GLP e por 57 dias para a gasolina e o diesel, “mesmo nesse quadro de ascensão
do preço internacional”.
Agência
Brasil