Na
segunda-feira (7), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou uma
denúncia contra o padre Robson de Oliveira Pereira e outras 17 pessoas por
organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro doado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Os
promotores afirmam que o líder religioso comandava o esquema de desvio das
doações.
Padre
Robson, que era presidente da Afipe, sempre negou as acusações. Segundo o
portal G1, a defesa do religioso também disse que ele é inocente e que não há
nada de novo em relação ao que foi apresentado pelo MP-GO.
A respeito
da denúncia, a Afipe disse ter confiança na Justiça. A entidade espera que no
fim do processo todas as questões sejam esclarecidas.
– Confiamos
na Justiça e esperamos que ao final do processo todas as dúvidas sejam
esclarecidas. Estamos à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem
necessários para a elucidação dos fatos. É importante salientar que a
Associação Filhos do Pai Eterno é uma entidade civil sem fins lucrativos e com
a missão de evangelizar. A Afipe não é investigada e nem denunciada – destacou
a associação, por meio de nota.
ENTENDA
O CASO
O Ministério Público de Goiás abriu investigação contra o padre Robson de
Oliveira Pereira. Ele é suspeito de ter desviado R$ 120 milhões de doações de
fiéis em Trindade, na Região Metropolitana de Goiás.
Aos 46 anos,
Robson é fundador da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e era reitor do
Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Com um programa de TV, ele é uma
figura bastante presente na cena católica.
Em agosto, a
operação chamada de Vendilhões cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis
ligados ao padre. O MP investiga se o dinheiro das doações foi usado em compras
de bens luxuosos, que incluem uma fazenda de R$ 6 milhões em Abadiânia, no
leste de Goiás, e uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba, na
Bahia.
A investigação
teve início em 2018, após o padre Robson ser vítima de extorsão. De acordo com
o portal UOL, ele teria pago cerca de R$ 2 milhões para não ser exposto.
Pleno News