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domingo, 20 de dezembro de 2015

DEFINIDOS OS SEMIFINALISTAS DA COPA ALTO SANTA TEREZA DE FUTSAL SUB-17





O esporte em São Miguel não para e nesta sexta feira (25) feriado de Natal tem as semifinais da Copa Alto Santa Tereza de Futsal Sub-17, e  no domingo dia (27) acontece a grande final, evento que tem o apoio da prefeitura municipal de São Miguel através da Secretaria de Educação e Desapertamento de Esporte.


Os jogos está sendo realizados no Ginásio de Esporte do Alto santa Tereza, e ás 09hs da manhã tem o primeiro duelo entre Craques do do Alto o representante micaelense e FC Athletic Encantense  da cidade de Encanto/RN e na segunda partida ás 10hs da manhã um duelo entre o os estados do Rio Grande do Norte e Ceará quem vai levar a melhor Só Canelas da cidade de Pereiro/CE ou Santo Antônio FC da cidade de  Pau Dos Ferros/RN.


A competição conta com os seguintes parceiros Anderson Primitivo, HL Madeiras, Marjorie Gesso, Mercadinho São Matheus, WE Moda, A Construtora, Dias Esportes, Airam Serigrafia, Chico de Chico Pedro, Salão Geronimo, Transporte São Matheus e a cobertura do Blog São Miguel em Alta.  

A nova vitória de um Papa construtor de pontes

Ele viajou a 11 países de quatro continentes. Escreveu uma encíclica sobre o meio ambiente, “Laudato Sí”, a primeira de um Papa sobre o tema que preocupa a todos, crentes e ateus. Inaugurou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, tema central de seu pontificado, não no Vaticano, mas em Bangui, a capital da República Centro-Africana, ex-colônia francesa vítima de uma guerra civil que se estende há anos, periferia das periferias do mundo e símbolo do rumo renovador de seu papado.

O Papa Francisco fechou assim um ano intenso, no qual consolidou sua liderança mundial. Seu papel de “Papa diplomata” foi reforçado pelo histórico degelo das relações entre EUA e Cuba. Sua viagem em setembro à ilha comunista do Caribe e o igualmente histórico voo, o primeiro em mais de cinco décadas, que fez da cidade de Santiago de Cuba à base aérea Andrews em Washington — onde era aguardado por Barack Obama — demonstraram que, se há determinação e vontade, a cultura do diálogo que prega desde sua eleição, em 13 de março de 2013, pode funcionar.

— Uma das frases favoritas do Papa é que “temos que derrubar muros e construir pontes”. Creio que a viagem a Cuba e aos EUA foi a concretização desta ideia fantástica, porque trata-se de uma ponte entre duas realidades que não se falavam — conta o padre Mariano Fazio, argentino como Jorge Bergoglio, e há um ano vigário-geral da prelatura do Opus Dei.

A retomada de relações entre Cuba e EUA — impensável há dois anos, mas possível graças ao impulso de um Papa latino-americano, juntamente com os esforços feitos pelo Vaticano e pelo Canadá — marca claramente a transformação de Francisco, o Papa dos pobres e próximo do povo, a um papel político-diplomático de imensa transcendência em um mundo assolado pelo que o ex-arcebispo de Buenos Aires considera “uma terceira guerra mundial em pedaços”.

— É incrível que Francisco, o Papa-pastor que mais rechaçaria a imagem do Papa político-diplomático, finalmente seja o Papa que consegue dar esses passos fundamentais no cenário internacional — afirma o uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour, secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, cargo mais alto de um cidadão laico dentro do Vaticano. — A mediação do Papa dá aos EUA a possibilidade de fazer uma revisão profunda de suas graves responsabilidades com a América Latina nos últimos 20 anos, de sua política incerta e descuidada com o continente, para retomar a relação, enquanto que ao mesmo tempo essa reabertura de diálogo traz consigo transformações graduais, porém profundas, em todas as dimensões da vida da nação cubana.

Atenção ao conflito colombiano
Seu papel de Papa-diplomata foi além de Cuba. Consciente de sua função de Pontífice, de ponte, o Papa também se interessou pelo fim de outro conflito que dura mais de 50 anos, e que provocou milhares de mortes: a guerra entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano.

— Por favor, não temos direito a permitir mais outro fracasso neste caminho de paz e reconciliação — declarou Francisco, em referência às negociações que acontecem em Cuba, e que devem resultar na assinatura de um acordo definitivo de paz em março do ano que vem.

Antes de pisar em Cuba e nos EUA — uma viagem que uniu dois países até então inimigos e com sistemas opostos — não por acaso o Papa visitou Equador, Bolívia e Paraguai, em sua primeira passagem oficial pelo continente, durante as viagens para a Jornada Mundial da Juventude, em julho do ano passado.

— Ele está nos ensinando a ver que os mais fracos e mais humildes devem vir primeiro. E viajou a três países que são, aos olhos do planeta, periféricos, mas que têm uma grande riqueza, que é sua fé — afirma Fazio.

E falando em periferias, o Papa casualmente encerrou seu ano de viagens internacionais com uma passagem por Quênia, Uganda e República Centro-Africana, a visita mais arriscada de seu pontificado. Lá, em mais uma ruptura com a tradição da Igreja Católica, se transformou no primeiro Papa a não abrir o Ano Santo no Vaticano. E também inaugurou antecipadamente o Jubileu da Misericórdia abrindo a Porta Sagrada da Catedral de Bangui.

Jorge Bergoglio, que nas Filipinas celebrou em janeiro uma missa em meio a um tufão na ilha de Tacloban, com uma capa de chuva de plástico amarelo semelhante à usada pela multidão, voltou a causar impacto por seu estilo humilde. Nos EUA, circulou em um Fiat 500. E, como de costume, parou o papamóvel para afagar um deficiente físico, uma criança e uma idosa. Assim — driblando as resistências do núcleo duro conservador que o acusa de ser populista e teme a ideia de uma Igreja que não condena, mas acompanha

 — voltou a insistir na urgência de curar os feridos, sem excluir ninguém.

Para o padre Carlos Galli, membro da Comissão Teológica Internacional do Vaticano, é determinante o discurso feito por Francisco para a comemoração dos 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos, no qual, pela primeira vez, se discutiram com franqueza e liberdade temas relativos às famílias de hoje que antes eram tabu.

Foram palavras fortes, em um ano em que as resistências à reforma estrutural da Cúria Romana que está sendo realizada ficaram mais evidentes do que nunca em dois best-sellers (“Via Crúcis” e “Avaricia”) recentemente publicados, baseados em documentos obtidos no próprio Vaticano. Mas nem isso lhe tirou o sono, como ele mesmo assegurou.

Em um 2015 marcado pelos ataques em Paris e um estado de alerta mundial pelo temor de novos atentados fundamentalistas, Francisco se transformou no primeiro Pontífice que levou um imã a subir em seu papamóvel, durante sua arriscada visita a um enclave muçulmano de Bangui. Lá foi aclamado pelo povo, não como chefe máximo da Igreja Católica, mas sim como um líder mundial crível, cuja presença concreta, acima de qualquer discurso, significa uma mensagem de paz. Uma mensagem de esperança de que as coisas podem, sim, mudar se há vontade, determinação, fé, acima dessa “terceira guerra em pedaços” que acontece no mundo.

Fonte: O Globo

Brasil vai enfrentar 1º verão com dengue, chikungunya e Zika

Pela primeira vez, o verão brasileiro terá circulação de três tipos de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Dengue, febre chikungunya e Zika são doenças com sintomas parecidos, sem tratamento específico e com consequências distintas. Até abril deste ano, não havia casos de Zika registrados no Brasil.

Para a coordenadora do Comitê de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, o controle de focos do mosquito será imperativo durante a estação, que começa amanhã (21).

 Em entrevista à Agência Brasil, Nancy lembrou que o aumento de casos de infecção pelos três tipos de vírus durante o verão é esperado por causa de características biológicas do Aedes aegypti. Os ovos do mosquito, segundo ela, podem sobreviver por até um ano e, cinco ou seis dias após a primeira chuva, já formam novos insetos. “No verão, chove mais e o clima ajuda, já que a temperatura ideal para o mosquito é entre 30 a 32 graus Celsius”.

Outra dificuldade a ser enfrentada, segundo a infectologista, é a semelhança entre alguns sintomas, que se manifestam de formas distintas em cada quadro. A febre, por exemplo, pode aparecer em todos os casos, mas, na dengue, é mais elevada; na febre chikungunya, dura menos; e, no Zika, é mais baixa. Manchas na pele, segundo ela, são bastante comuns em casos de Zika desde o início da doença e, nas infecções por dengue e chikungunya, quando aparecem, chegam entre o terceiro e o quinto dia.

“A dor de cabeça pode aparecer nos três casos, sendo que, na dengue, é mais intensa. O quadro de mialgia (dores no corpo) também pode se manifestar nas três doenças. Já a articulação inflamada é pior na febre chikungunya e dura até três semanas. Temos também a conjuntivite, que pode aparecer em infecções por chikungunya e Zika, mas por dengue não”, explicou.

As grávidas já eram consideradas grupo de risco para infecções por dengue e agora também são motivo de preocupação para infecções por Zika, diante da relação do vírus com casos de microcefalia. A especialista defendeu a urgência no desenvolvimento de sorologia (detecção do vírus por exame de sangue) para as três doenças, para que se tenha precisão no diagnóstico e melhor acompanhamento de cada quadro.

 “Precisamos juntar esforços. Este é o momento pra isso. Devemos recrutar universidades, institutos de pesquisa, fazer uma força tarefa para avançar no diagnóstico dessas doenças. Se a gente não souber quem tem e quem não tem, vamos ficar apenas nas hipóteses e nas suposições”, alertou.

Números
Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre janeiro e novembro deste ano, foram notificados 1.566.510 casos de dengue no país. Neste período, o Sudeste registrou o maior número de casos (989.092 casos; 63,1% do total), seguido pelo Nordeste (287.491 casos; 18,4%), Centro-Oeste (206.493 casos; 13,2%), Sul (52.455 casos; 3,3%) e Norte (30.979 casos; 2%). Foram confirmados
828 óbitos por dengue, o que representa um aumento de 79% em comparação com o mesmo período de 2014, quando 463 pessoas morreram de dengue.

Já os casos autóctones de febre chikungunya notificados em 2015 totalizaram 17.765. Destes, 6.784 foram confirmados, sendo 429 por critério laboratorial e 6.355 por critério clínico-epidemiológico. Os demais 9.055 continuam sob investigação. Uma vez caracterizada a transmissão sustentada da doença em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, a orientação do ministério é que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico.

O último boletim do governo sobre vírus Zika indica que, até o dia 12 de dezembro, foram notificados 2.401 casos de microcefalia (quadro relacionado à infecção por Zika em gestantes) em 549 municípios de 20 unidades da federação. Desses, 134 tiveram a relação com o vírus confirmada, 102 foram descartados (não têm relação com o Zika) e 2.165 estão sob investigação.

O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados desde o início do ano: um no Ceará, que teve a relação com o Zika confirmada; dois no Rio de Janeiro, onde foi descartada a relação com o Zika; e 26 estão sendo investigados.

Fonte: Agência Brasil

ÚLTIMA RODADA DA FASE DE GRUPO DA COPA ALTO SANTA TEREZA DE FUTSAL SUB-17 ACONTECEU NESTE DOMINGO



Aconteceu Neste domingo (20) a última rodada da fase de grupo da Copa Alto Santa Tereza de Futsal Sub-17, com apelas um jogo envolvendo  Só Canetas e Vila Real partida valida pelo grupo B.


A equipe Só Canelas precisava da vitória para se manter na competição e aos 08:40 da primeira etapa Marcelo abriu o placar, Anderson empatou para o Vila Real aos 16 Minutos e na sequencia aconteceu a virada para o Só Canela com Antonio.


Na segunda etapa o Vila Real Conseguiu o empate aos 02:30 e sempre buscando a vitória, mas aos 06:50 veio a virada do Só Canelas que aproveitou as falhas do Goleiro e fez mais 2 gols com João Pedro, o Vila Real fez mais um com o Fred, mesmo assim a equipe de Dr Severiano não desistiu lutou ate o fim, mas o Só Canelas saiu com a vitória por 05 a 03.


A competição contou com o apoio da prefeitura municipal de São Miguel através da Secretaria de Educação e Desapertamento de Esporte, Anderson Primitivo, HL Madeiras, Marjorie Gesso, Mercadinho São Matheus, WE Moda, A Construtora, Dias Esportes, Airam Serigrafia, Chico de Chico Pedro, Salão Geronimo, Transporte São Matheus e a cobertura do Blog São Miguel em Alta.

SERRINHA SE SAGRA CAMPEÃ DO CAMPEONATO LINDA JOGADA NO SÍTIO SERRINHA ZONA RURAL DE SÃO MIGUEL/RN




Na manhã deste domingo aconteceu a grande final envolvendo as equipes América do Alto e Serrinha uma partida bem disputada com destaques para os goleiros que fizeram verdadeira.


Na segunda etapa já com o sol quente as equipes passaram a tocar mais a bola e sempre indo para o ataque. Final de jogo América 0 Serrinha 0 a decisão foi para a os temidos pênaltis e a Serrinha levou a melhor vencendo por 04 a 03 e soltou o grito de campeão. 

A competição contou com o apoio da prefeitura municipal de São Miguel através da Secretaria de Educação e Desapertamento de Esporte e a cobertura do Blog São Miguel em Alta.


RN tem mais foragidos que presos no sistema carcerário

Existem mais mandados de prisão em aberto no Rio Grande do Norte que pessoas detidas no sistema penitenciário do Estado, atualmente. A população carcerária potiguar, de acordo com estimativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), gira em torno dos 8 mil presos. Enquanto isso, o Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontava, até a manhã de ontem, a existência de 10.029 foragidos que ainda não haviam sido capturados pela polícia.
 
Mesmo já sendo um número bastante expressivo, esse montante pode ser ainda maior. Pelo menos é que indica o delegado Luiz Lucena (foto), titular da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (Decap), que acredita haver, no mínimo, 12 mil mandados de prisão para serem cumpridos hoje no estado. A quantidade não pode ser precisada, uma vez que boa parte dos processos da delegacia é feita de forma mecânica, sem um sistema automatizado que facilite o cálculo.
 
Segundo o delegado, a grande maioria dos mandados diz respeito a detentos que progrediram do regime penal fechado para o regime semiaberto, no qual o acusado necessita comparecer ao local da prisão apenas para dormir à noite. Como afirma Luiz Lucena, muitos que se encontram nessa situação cumprem o que é determinado somente por um mês ou 45 dias antes de “sumirem de vez”.
 
“Existe uma renovação muito grande desse número porque a gente prende, o detento deixa de cumprir as regras e já é determinada a prisão dele novamente. Em torno de 80% desses mandados ficam em torno desse vai-e-vem de mudança de regime”, explica o titular da Decap.
 
Para ele, cerca de 9 mil dos 12 mil mandados em aberto são de presos que possuem esse direito, conquistado, normalmente, após cumprir um sexto da pena e apresentar bom comportamento durante o período na cadeia. Entretanto, de acordo com o delegado, muitos sequer chegam a ficar atrás das grades, já que progridem automaticamente para o regime semiaberto, o que aumentaria a sensação de impunidade.
 
“A regra hoje não é mais a prisão. A regra é o alvará de soltura. Eu conheço um cidadão que foi condenado a oito anos, por matar outro, mas que não ficou um só dia preso. Ele foi direto para o regime semiaberto, indo no presídio somente pra dormir”, relata.
 
Além do não cumprimento das regras do regime semiaberto, outra dificuldade que os policiais enfrentam para recapturar esses foragidos é que a grande maioria deles apresenta endereços falsos na justiça, no momento em que são postos no sistema de liberdade condicionada. A fraude apenas é descoberta quando o preso deixa de comparecer no local determinado e a polícia não o encontra no endereço em que supostamente o acusado deveria residir.
 
“Pelo menos 90% dos que cumprem o regime fornecem para a justiça endereços que não correspondem com a realidade. Seja por terem se mudado ou por nunca terem morado naquela área”, estima o delegado Luiz Lucena.
 
Ele também reclama de falta de estrutura e efetivo para poder cumprir os mandados que estão atualmente em aberto. De acordo com o titular da Decap, as polícias Civil e Militar conseguem realizar, todos os meses, uma média de 70 prisões. Número que corresponde a somente 0,5% do total de foragidos no estado. 
 
“Não existe hoje, no Rio Grande do Norte nem no Brasil, um efetivo ideal para cada delegacia. Tem que trabalhar sempre com um quadro de pessoal reduzido para cada serviço”, queixa-se.
 
O trabalho de investigação também é deficitário, uma vez que não há policiais suficientes ou que estejam preparados para realizar ações dessa natureza. Mesmo após a convocação, em março deste ano, de 192 aprovados no concurso público realizado em 2008 (31 escrivães, 104 agentes e 57 delegados), a quantidade de efetivo ainda seria ínfima para comportar a demanda existente.
 
“O ideal seria se a gente tivesse, em cada delegacia, um departamento de inteligência com vários policiais. Só que, hoje em dia, o governo não tem como fazer isso por não poder ultrapassar o limite de responsabilidade fiscal”, lamenta o delegado de capturas.
 
 
Não existem vagas suficientes para a demanda de presos
Mesmo se os policiais tivessem condições de efetuar todos os 12 mil mandados de prisão em aberto no Rio Grande do Norte hoje, ainda restaria outro problema sem solução: onde colocar tantos detentos?
 
Atualmente, o estado conta com 32 unidades prisionais, entre Centros de Detenção Provisória (CDPs), cadeias públicas, complexos penais e penitenciárias estaduais. Juntas, elas possuem capacidade para aproximadamente 4,5 mil pessoas, mas atualmente operam com quase o dobro do limite de vagas. A superlotação, inclusive, fez com que a justiça determinasse a interdição parcial de 12 destas unidades, que estão proibidas de receberem novos presos sem uma autorização judicial prévia.
 
A construção de uma cadeia pública no município de Ceará-Mirim, retomada no último mês de junho, prevê o acréscimo de mais 603 vagas. Mesmo assim, a ampliação ainda seria insuficiente para dar fôlego ao já congestionado sistema penitenciário potiguar e, muito menos, serviria para abrigar novos detentos.
 
De acordo com o delegado da Decap, Luiz Lucena, a segurança pública não é tratada como prioridade pelos governantes e, por isso, as cadeias públicas encontram-se na situação atual de superlotação. Segundo ele, é preciso tratar o assunto como prioridade nas próximas gestões para que o caos observado hoje não se prolongue ou torne-se ainda mais grave.
 
“É uma questão de prioridades. Não teve dinheiro para se construir um estádio como a Arena das Dunas? No lugar, com o que foi empregado ali, daria para ser feito um presídio para até 13 mil pessoas”, estima o delegado.
 
Além da falta de vagas, outra dificuldade que aflige os agentes de segurança pública do Estado também são as recentes revoltas de detentos dentro das penitenciárias que resultaram em unidades depredadas e sem condições de uso.
 
“Depois que começou essas facções nos presídios, os bandidos estão acabando com as cadeias, então o dinheiro que tínhamos para construir e aumentar a quantidade de vagas, estamos gastando com reformas desses que eles estão quebrando”, declara Luiz Lucena.
 
De acordo com a Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), mais de R$ 7 milhões foram investidos na recuperação dos 14 presídios atingidos pela onda de motins e rebeliões, registrados desde o início do ano.
 
Após as revoltas, o Governo do Estado decretou condição de calamidade pública, publicada em 17 de março e renovada no último mês de setembro, com validade prevista até março do ano que vem.
 
“Eu acho que todos deviam ser autuados em flagrante por dano ao patrimônio público e que, se fossem reincidentes, teria suas penas aumentadas”, sugere o delegado da Decap.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) para que se pronunciasse sobre o assunto, porém até o fechamento desta edição o titular da pasta não foi localizado. 

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