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domingo, 23 de março de 2014

Renato Aragão volta a ser internado no Rio

O humorista Renato Aragão voltou a ser internado. Ele deu entrada às 16h deste sábado (22) no Hospital Barra d’Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para investigar a origem de uma febre que se manifestou durante a madrugada, conforme mostrou o RJTV.

Um exame de sangue constatou que ele está com infecção urinária. No início desta semana, Renato Aragão já tinha passado três dias internados devido a um enfarte na quarta-feira (19).

Segundo a mulher do humorista, Lílian Aragão, Renato também fez exames no coração e que os resultados foram bons. Ele deve permanecer internado, tomando antibióticos, até segunda-feira (24).

Por meio de nota, a assessoria do hospital informou que Renato tem quadro clínico e cardiológico estável e previsão de alta em até 3 dias.

´Não me leve agora´

Durante a primeira internação, Renato Aragão agradeceu, na terça-feira (18), o carinho e a preocupação dos brasileiros com o estado de saúde dele. No Rio, ele recebeu a repórter Lília Teles no hospital em que se recuperava de um infarto. Ele contou como foi o infarto e revelou ter sentifo medo da morte.

“Eu estava na festa da minha filha, que foi sexta-feira (14), fiquei feliz da vida, estava alegre. Acabou a festa, fui para casa, dormi tranquilo. No dia seguinte, tomei café, quando foi umas nove horas da manhã, veio uma dor enorme no peito, parecia que tinha um caminhão de mudança aqui em cima. Uma dor indescritível, insuportável, nunca tinha sentido isso. Eu gritava. Mas já tinha uma equipe médica aqui me esperando, aí eu não sei o que aconteceu comigo, já me doparam, ali mesmo fizeram o tratamento, colocaram um stent”, lembrou o humorista.

Renato Aragão passou por uma cirurgia para desobstruir uma artéria do coração. A recuperação dele foi considerada excelente pelos médicos. O eterno Didi, que alegra o Brasil há mais de 50 anos, se emocionou ao lembra do risco da morte. “Quando eu vinha para cá, a dor era tão grande, eu falava: ‘meu Deus, não me leva agora, que não está na hora. Tem muita coisa para fazer, tem dois seriados para fazer’”, revelou.

Fonte: G1 Rio

Papa Francisco celebrará missa em abril pela canonização de Anchieta

O papa Francisco celebrará, no dia 24 de abril, missa na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, em ação de graças pela canonização do beato José de Anchieta, religioso fortemente ligado à evangelização no Brasil e que será proclamado santo no dia 2 de abril, por meio de decreto papal.

Foi o próprio pontífice que optou por um decreto para a canonização do beato, em vez da tradicional solenidade na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou, junto com o padre português Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Assim como Anchieta, o papa Francisco é membro da Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola.

Anchieta foi beatificado por João Paulo II em 1980. O papa também vai assinar decretos de canonização dos beatos franceses François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart, que promoveram a evangelização no Canadá.


Com informações da rádio Vaticano

CIÊNCIA E SAÚDE: Doença rara é ligada às próteses de silicone


Próteses de silicone e algumas vacinas estão sendo apontadas como fatores desencadeantes de uma nova doença autoimune que provoca inflamações graves nas articulações e dores crônicas. Batizada de síndrome Asia, a doença é rara e se manifesta predominantemente em pessoas com predisposição genética a enfermidades autoimunes, como psoríase e lúpus.

Primeiro a descrever a doença na literatura científica e associá-la aos fatores desencadeantes, o médico israelense Yehuda Shoenfeld explicou ao Estado que tanto o silicone quanto algumas substâncias presentes em vacinas, quando em contato com as células humanas, podem provocar uma reação anormal do sistema imunológico.

"No caso do silicone, a reação pode ocorrer quando há ruptura da prótese, mas também quando ela está íntegra, porque o implante libera moléculas no sangue. Já a vacina tem substâncias como o alumínio, que provocam essa reação", disse ele na quarta-feira, em Punta del Este, no Uruguai, no Congresso da Liga Panamericana de Associações de Reumatologia (Panlar).

Embora a reação a corpos estranhos seja algo conhecido, a diferença para a síndrome é que essa reação vem acompanhada de um conjunto de sintomas que não pode ser enquadrado em nenhuma outra doença, como fadiga e dores crônicas. "Já há 300 casos reportados a um banco de dados de Barcelona, mas não queremos alarmar a população. O ideal seria fazer uma investigação das pessoas predispostas a doenças autoimunes antes que se submetessem aos procedimentos."

Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o reumatologista Roger A. Levy diz que os maiores indicativos de predisposição a doenças autoimunes são casos na família. "Atendi duas irmãs que colocaram prótese de silicone e que tiveram que retirá-la após manifestarem a síndrome", conta.

Segundo Alexandre Mendonça Munhoz, coordenador da Comissão Nacional de Reconstrução da Mamária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, um grande estudo divulgado em 2000 mostrava que não há maior risco de doenças autoimunes das articulações para mulheres com prótese.


Fonte: Estadão

Justiça nega habeas corpus a ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava Jato

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, negou pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na quinta-feira (20) pela Polícia Federal.  
Costa é suspeito de ter ligação com uma organização criminosa que lavava dinheiro em seis estados e no Distrito Federal, desarticulada no início desta semana na Operação Lava Jato, e pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões.

A decisão foi assinada pelo desembargador João Pedro Gebran Neto. De acordo com o magistrado, o ex-diretor deve continuar preso para não obstruir as investigações.

Na segunda-feira passada (17), a Polícia Federal cumpriu 24 mandados de prisão e 15 de condução coercitiva, além de 81 mandados de busca e apreensão em 17 cidades. Cerca de 400 policiais participaram da operação. A organização contava com quatro grupos que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos.

O ex-diretor foi encaminhado sexta-feira (21) à Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná, onde será interrogado. Ele está preso no Rio de Janeiro, mas as investigações têm origem em Curitiba.
Agência Brasil

Papa nomeia vítima de abuso para comissão sobre pedofilia na Igreja

O teólogo argentino Humberto Miguel Yáñez e outras sete pessoas, entre elas o arcebispo de Boston, Sean Patrick O´Malley, foram nomeados pelo Papa Francisco para integrar uma comissão de especialistas para a proteção das crianças nas instituições da Igreja.

Uma mulher que foi molestada por um padre quando era criança também foi nomeada como parte do grupo que irá ajudar a Igreja Católica lutar contra o abuso sexual clerical de menores que tem assombrado a instituição há mais de duas décadas.

A vítima é Marie Collins, que foi abusada em sua terra natal, a Irlanda, na década de 1960, e fez campanha para a proteção das crianças e por justiça para as vítimas de pedofilia clerical.

Os primeiros oito membros do grupo, quatro mulheres e quatro homens, são de oito países diferentes e incluem o cardeal de Boston Sean O´Malley, a ex-primeira-ministra polonesa Hanna Suchocka e a baronesa Sheila Hollins, psiquiatra britânica.

"O principal objetivo dos integrantes será preparar os estatutos da comissão e definir suas competências e funções", diz o texto.

Segundo o Vaticano, o Papa irá nomear mais pessoas para integrar a comissão.

A formação de um grupo de especialistas, inicialmente anunciado em dezembro, ocorre apenas um mês depois de a Nações Unidas acusar a Igreja de colocar sua reputação como prioridade em detrimento do bem-estar das crianças e impondo uma "lei do silêncio" entre os clérigos sobre a questão da abuso sexual.

As acusações de que o papa Francisco não tenha tomado uma posição suficientemente forte contra o abuso sexual clerical mancharam as críticas positivas que ele recebeu ao chegar ao primeiro aniversário da sua eleição para o papado na semana passada.

Fonte: AFP 

Joaquim Barbosa descarta candidatura nas eleições de 2014

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa descartou que será candidato nas eleições de 2014, em entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, que estreou na madrugada deste domingo (23) um programa semanal na GloboNews. 

“Por enquanto, não”, disse o ministro ao entrevistador, acrescentando que deve ficar no Supremo até novembro deste ano.

“Recebo inúmeras manifestações de carinho, pedidos de cidadãos comuns para que me lance nessa briga, mas não me emocionei com essa ideia”, relatou Barbosa.

O ministro, no entanto, admitiu que pode lançar candidatura no futuro. “Eu disse recentemente em uma entrevista que não descartava a hipótese de me lançar na vida política, mas não para essas eleições de 2014”.

A entrevista de 48 minutos foi pontuada ainda pelos mais diversos temas, desde a infância em Paracatu (MG), o dia a dia da época em que morou na França, onde fez seu doutorado, até questões recentes como corrupção, eleições, racismo e mensalão.

A popularidade de Barbosa cresceu após sua atuação no julgamento do mensalão, no qual foi relator. O nome do ministro chegou a aparecer em algumas pesquisas de opinião para as eleições do ano que vem para presidente.

Fonte: G1

sábado, 22 de março de 2014

Chuvas em 2014 devem diminuir prejuízos da seca prolongada no Nordeste

No Dia Mundial da Água, celebrado neste sábado (22), autoridades ligadas ao campo da meteorologia esperam que em 2014 os estados do Nordeste, afetados pela estiagem, tenham o alento de um boa temporada de chuvas. "Acho que este ano a gente já começa com mais expectativa do que o ano passado. Ainda caracterizamos que continuamos na seca, porém com mais esperança", explica Cristina Nascimento, coordenadora da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) pelo Ceará.

A espera por "bons tempos" está baseada, principalmente, na previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de que as chuvas até o mês de maio devem ficar dentro do considerado normal para o período nos nove estados do Nordeste. Para o chefe da Divisão de Previsão do Tempo do Inmet no Recife, Ednaldo Correia, em 2014 o problema não será a falta de chuva, mas sim a distribuição da mesma em todas as regiões.

"De acordo com os prognósticos para os meses de março, abril e maio, as regiões do Agreste, zonas da Mata e Litoral dos estados nordestinos devem receber chuvas em um nível considerado normal. Somente no Sertão de estados como Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco, é que a previsão desanima um pouco. Os dados mostram que as chuvas vão variar entre normal e abaixo do normal", analisa Ednaldo, que trabalha no Inmet da capital pernambucana há quase três décadas.

Apesar de a expectativa de um período de chuvas proveitoso na agricultura, com reflexos na pecuária, a coordenadora da ASA, Cristina Nascimento, alerta para o fato de que, mesmo com as precipitações que já alcançaram diversas regiões castigadas pela estiagem no Nordeste, a seca ainda não acabou. "Em todos os estados do semiárido já há uma quantidade de chuva, mas nenhum conseguiu superar esta situação", pontuou. 

Segundo ela, os animais representam o grande prejuízo da seca que perdura desde o início de 2011. "Em 2013, não houve perda de produção porque não houve produção", avaliou Cristina, que apontou as ações de convivência com a estiagem, realizadas pelos governos dos estados, como o principal motivo para as pessoas ainda conseguirem viver nas áreas mais afetas com a falta de chuvas.

Já o meteorologista do Inmet Ednaldo Correia revela que entre todos os estados do Nordeste brasileiro, o que ainda deve sofrer com a falta de precipitações é Pernambuco. "O mês de janeiro foi muito ruim em várias regiões, o de fevereiro já foi um pouco melhor e isso deve se repetir em março. No entanto, para as áreas do Sertão - as mais prejudicadas - as chuvas tendem a diminuir a partir de abril. Se não se recuperou até agora não tem muito o que esperar para o fim do ano. A partir do próximo mês as chuvas se concentram do Agreste pro Litoral", contou o especialista em clima. 

Enquanto as chuvas não chegam, o Nordeste convive com a realidade de que 74,2% dos 1.795 municípios da região estão em estado de emergência desde novembro de 2013, sendo o Ceará o "campeão" entre os mais castigados. Cerca de 96% das cidades cearenses estão em situação crítica. Rio Grande do Norte (95,8%), Piauí (94,1%) e Paraíba (90%) seguem no topo da lista.

ALAGOAS - O governo do Estado decretou situação de emergência, por 180 dias, em 45 municípios alagoanos devido à seca. Entre as cidades afetadas estão Água Branca, Arapiraca, Cacimbinhas, Delmiro Gouveia, Maravilha, Olho D’Água das Flores, Olho D’Água do Casado e Palmeira dos Índios. O decreto permite que sejam solicitados recursos federais para combater a seca, e entre as medidas previstas está a solicitação de verba para dar continuidade à Operação Carro-Pipa, que distribui água potável à população.

BAHIA - Pelo menos 158 municípios do semiárido baiano estão em situação de emergência. De acordo com o governo do estado, cerca de dois milhões sofrem com a estiagem. Os reservatórios da Bahia estão muito abaixo de sua capacidade e safras, como milho e feijão, foram perdidas. Para amenizar a sede da população, governos federais e municipais contam com a ajuda do Exército para conseguir distribuir água em carros-pipa.

CEARÁ -  O governo do Ceará reconhece a situação de emergência em 168 das 184 cidades do estado por conta da estiagem. O Ceará tem 112 açudes com volume inferior aos 30% e apenas um reservatório com volume superior aos 90%. Por causa dos problemas causados pela seca, cerca de 48% dos municípios decidiram não realizar festas de Carnaval este ano com a utilização de recursos públicos.

PARAÍBA -  Atualmente, o Governo paraibano reconhece situação de emergência em 27 cidades. Mesmo com chuvas esparsas registradas no final de 2013, a estiagem se agrava deixando pelo menos 28 açudes com volumes abaixo de 3% de suas capacidades, sendo 14 completamente secos. A estimativa das autoridades locais é de que a falta de água prejudique o abastecimento de mais de 270 mil moradores.

PERNAMBUCO - Pelo menos 672 mil pessoas que moram nos 102 municípios pernambucanos em situação de emergência têm sofrido com as perdas na agropecuária por causa do longo período de estiagem. A maioria dessas cidades prejudicadas encontra-se no Sertão do Estado, onde riachos e açudes estão secos e animais seguem morrendo sem água e alimento.

PIAUÍ - No ano passado, 212 dos 224 cidades do Piauí entraram em situação de emergência por causa da seca. Hoje este número sofreu uma redução, mas ainda são 152 cidades prejudicadas. Nos primeiros dias de 2014, a chuva chegou em alguns municípios, mas não foi suficiente para diminuir os efeitos da estiagem.

RIO GRANDE DO NORTE - Entre os estados mais prejudicados com a seca prolongada está o Rio Grande do Norte, com 160 municípios em estado de emergência. A perspectiva dos órgãos locais de meteorologia é que as chuvas no Estado atinjam os níveis de normalidade, entre 301 e 401 milímetros.

SERGIPE - A falta de chuva em Sergipe deixa 23 municípios em situação de emergência, entre eles estão Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Gararu, Itabi, Feira Nova, Graccho Cardoso, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Carira, Pinhão, Pedra Mole, Frei Paulo, Macambira, Nossa Senhora de Aparecida, São Miguel do Aleixo, Ribeirópolis, Poço Verde, Tobias Barreto e Simão Dias.

Fonte: NE10

Especialistas debatem consequências da legalização do uso de maconha

O coronel da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, Jorge da Silva, membro da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD), manifestou-se nesta sexta, 21, contra a proibição penal relativa ao uso de drogas. Silva foi um dos participantes do debate Legalizar É o Caminho?, promovido pelo Conselho Municipal Antidrogas (Comad) sobre a liberação ou não do uso da maconha.

O coronel, que é ex-chefe do Estado Maior da PM, esclareceu que “o modelo que temos, de combate policial, penal, carcerário, para resolver uma questão social, já se provou um fiasco. Basta ver o que ocorre em grandes cidades como São Paulo e, principalmente, Rio de Janeiro, nas quais temos pessoas morrendo aos borbotões”. Isso inclui, segundo Jorge da Silva, policiais, traficantes, supostos traficantes e pessoas das comunidades.

“As comunidades estão com medo. Há ataques de traficantes às bases policiais, traficantes matando policiais e estes matando traficantes. Em suma, no final, nós temos aqui um modelo que acaba resultando em brasileiros matando brasileiros”. Ele lembrou que em 1998 a Organização das Nações Unidas (ONU) queria impedir o avanço das drogas, em dez anos, por meio da repressão policial. Em 2008, viu-se que o objetivo não foi alcançado, disse. “É uma matança tremenda”.

Silva insistiu que o modelo está ultrapassado. Para ele, é preciso pensar a questão das drogas em termos de prevenção, educação, saúde pública e restrições administrativas. “Acho que é preciso tirar o controle das mãos dos traficantes”. Salientou que os Estados Unidos, na década de 1930, quando declararam guerra ao álcool, o que conseguiram foi inventar o crime organizado no modelo atualmente em vigor. “Quando viram a besteira que fizeram, voltaram atrás com uma nova emenda constitucional e o álcool passou a ser controlado pelo governo. Hoje, é mais fácil tomar bebida alcoólica no Brasil do que nos Estados Unidos”.

Jorge da Silva não gosta do termo legalização da maconha. Ele prefere controle. Daí, admitiu que o controle do uso dessa droga pelo governo poderia ser feito como experiência, no Brasil. “Uma coisa eu garanto: piorar não vai”. Voltou a insistir que o modelo que vige hoje, no país, “é insano”.

Já o presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), psiquiatra Jorge Jaber, diz ser contrário à legalização da maconha, por razões médicas. Ele disse que já está comprovado que o uso da maconha, em especial por pessoas jovens, compromete de forma significativa os neurônios.

“Há uma morte dos neurônios cerebrais, que ocorre lentamente. Isso leva a um transtorno cognitivo, isto é, a uma perda da capacidade de memória e de desempenho intelectual. Então, sob o ponto de vista neurológico, há a destruição do cérebro”, informou.

Jaber acrescentou que do ponto de vista pulmonar, o uso da maconha acarreta a instalação de bronquite e de câncer de traqueia e de brônquios. A droga provoca também alteração na produção de espermatozoides no homem e disfunção sexual. Do lado psiquiátrico, disse que o uso da maconha está “fortemente associado” a transtornos psicóticos. “Ou seja, doenças em que o paciente perde totalmente o contato com a realidade e pode desenvolver alucinações visuais e auditivas, delírios persecutórios, principalmente, o que leva, por exemplo, a situações de descontrole, colocando em risco a própria vida ou de terceiros. Então, sob o ponto de vista médico, a maconha causa inúmeros problemas”, apontou.

O presidente da Abrad, que integra também o Comad, informou que, no Brasil, está se confirmando o uso crescente de maconha em idades cada vez mais jovens. Ele argumentou que não há nenhuma vantagem cientificamente comprovada de que o uso da maconha traga algum benefício, além de uma sensação que consideram agradável.

Destacou que em populações das classes média e média alta das maiores capitais, que têm acesso a bens, a uma boa alimentação, a práticas esportivas, o prejuízo do consumo da maconha é menor do que em populações de baixa renda. “Aí é uma catástrofe. É uma garotada que não tem escola, que não se alimenta bem. É um pessoal mais complicado e que, certamente, ficará bastante comprometido”.

Outro argumento contra a legalização da maconha, levantado por Jaber, está ligado ao controle da droga. “Se a proibição da venda de tabaco e de álcool para crianças e adolescentes fosse respeitada, nós poderíamos acredita que também a maconha, quando fosse liberada, poderia ser controlada e os jovens não iam usar. A verdade, porém, é que não conseguimos controlar o uso de álcool”. Esse é um ponto importante da questão, sob o ponto de vista de saúde pública, acrescentou, “porque nós não temos recursos suficientes para tratar as pessoas que sofrem do uso de drogas atualmente. Imagina quando aumentar o consumo”.


Fonte: Agência Brasil 

Blogueiro é executado dentro de casa em São José de Mipibu na madrugada desta quinta-feira (19)

Um crime com características de execução chocou os moradores de São José de Mipibu, na Grande Natal, durante a madrugada desta quinta-feira ...