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quinta-feira, 15 de maio de 2025

RN tem mais pacientes à espera de UTIs que vagas disponíveis em hospitais da rede pública

O Rio Grande do Norte registrava mais pacientes à espera de leitos de UTI na rede pública nesta quarta-feira (14) do que tinha vagas disponíveis nos hospitais.

O Regula RN, plataforma que monitora as demandas de leitos na rede pública do estado, apontava que 91 pacientes estavam na fila por leito de UTI e haviam 53 vagas disponíveis no fim da manhã desta quarta.

Por conta da situação, o governo do RN abriu 30 novos leitos para atender à demanda, que aumentou, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), de forma "exponencial" por conta dos casos de doenças respiratórias. “A situação que nós vivemos hoje é uma situação de uma emergência sanitária, uma emergência de saúde, porque temos um número muito grande de pacientes esperando em fila por leitos de UTI", reconheceu o secretário de Saúde Pública do RN, Alexandre Motta. No início desta semana, uma mulher de 55 anos de idade morreu na UPA Nova Esperança, em Parnamirim, enquanto aguardava por um leito de UTI na rede pública.

30 leitos a mais no estado

Para controlar a situação, o governo contratou 30 novos leitos de UTI no estado:

10 leitos no Hospital da Mulher, em Mossoró

10 leitos no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal

10 leitos no Hospital Rio Grande, na rede privada, em Natal

No Giselda Trigueiro, a previsão, segundo o secretário Alexandre Motta, é que os leitos estejam disponíveis até o fim de semana.

No Hospital da Mulher, a previsão é que os 10 leitos fiquem totalmente disponíveis até a próxima quarta-feira. Eles vão funcionar de forma permanente, segundo o governo.

Nos casos dessas duas unidades, que são da rede pública, a Sesap informou que para esse aumento há um processo de organização de equipamentos e contratação de pessoal. No Giselda, há também intervenções na parte elétrica.

Quanto ao Hospital Rio Grande, da rede privada, a Sesap informou que pode ainda ampliar para mais dez leitos, chegando a 40 UTIs na expansão emergencial.

Secretário: demanda é de doenças respiratórias

O secretário de saúde pública do RN, Alexandre Motta, explicou que a alta demanda ocorre por conta das doenças respiratórias e que elas são sazonais, ou seja, ocorrem de maneira mais intensa em épocas específicas do ano.

"Temos um número elevado de doenças respiratórias que ocorre nesse período. E exatamente por isso houve um aumento da demanda. Por isso, o represamento de pacientes que estão no sistema de regulação e que já deveriam ter sido atendidos nas suas demandas", explicou o secretário.

Segundo a Sesap, as doenças respiratórias "hoje são a maior causa de internação em leitos da rede pública".

O secretário reconheceu que o estado enfrenta "um momento crítico, então por isso foi decidido pela abertura desses leitos".

g1 RN

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