Radio

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Grupo que tramou assassinato de ex-prefeito, agora planejava atentado contra atual prefeita da cidade

O novo documento formalizado pelo MPRN, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), aponta a existência de uma organização criminosa articulada, com divisão de tarefas, voltada à prática de crimes graves. Entre os novos alvos estão Damária Jácome de Oliveira e Leidiane Jácome de Oliveira, apontadas como mentoras intelectuais do grupo. As duas são consideradas foragidas.

Segundo o Ministério Público, mesmo após a prisão de parte dos envolvidos, o núcleo intelectual da organização continuava atuante e passou a planejar o assassinato da atual prefeita Maria de Fátima Mesquita da Silva, viúva de Marcelo Oliveira.

Com o aditamento, o número de denunciados chega a 14. A denúncia original já havia apontado Francisco Emerson Lopes da Silva, Jadson Rodrigues Rolemberg, Heliton Leandro Barbosa da Silva e Rubens Gama da Silva como envolvidos no crime. Agora, a lista inclui:

Damária Jácome de Oliveira

Leidiane Jácome de Oliveira

Weverton Claudino Batista

Carlos André Claudino

Marcelo Alves da Silva

Everton Renan Fernandes Dantas

Olanir Gama da Silva

Thomas Vitor Soares Pereira Tomaz

Gildivan Júnior da Costa

Parte dos acusados está presa nas unidades de Caraúbas e Mossoró. Outros permanecem foragidos. A motivação dos crimes, segundo o MPRN, foi vingança política e pessoal. A promotoria afirma que os envolvidos "atuaram em comunhão de desígnios, com divisão de tarefas e com a intenção de assegurar a execução do duplo homicídio qualificado".

A estrutura da organização era composta por:

Mentoras intelectuais: Damária Jácome e Leidiane Jácome

Articulação: Olanir Gama da Silva

Execução: Heliton Leandro, Francisco Emerson, Jadson Rolemberg e Gildivan Júnior

Logística e transporte: Thomas Vitor e Rubens Gama

Apoio material e informacional: Weverton Claudino, Everton Fernandes, Carlos André e Marcelo Alves

Um dos membros, Josenilson Martins da Silva, foi encontrado morto em outubro de 2024, na zona rural de Antônio Martins.

O conflito entre os grupos rivais tem raízes na eleição de 2020, quando Marcelo foi eleito prefeito e Damária, vice-prefeita. Ambos representavam famílias políticas influentes: os Oliveira e os Jácome. Após sete meses no cargo, Marcelo se afastou, alegando coação. Damária assumiu a prefeitura, mas em 2022, uma decisão judicial determinou o retorno de Marcelo ao cargo. Em seguida, Damária e seu pai, o vereador Laete Jácome, foram afastados e tiveram mandados de prisão expedidos.

A Polícia Civil aponta que o retorno de Marcelo ao cargo intensificou a rivalidade. A família Jácome o responsabilizava pela morte de dois irmãos em confronto com a polícia na Bahia e pela prisão de um terceiro, acusado de tráfico de drogas. Também o acusavam de colaborar com apreensões de armamentos ilegais. A tensão culminou na execução de Marcelo e de seu pai, em 2024.

Agora, segundo as autoridades, o grupo pretendia repetir o atentado contra a atual prefeita, viúva do ex-gestor assassinado. As investigações continuam para localizar os foragidos e impedir novos atos violentos no município.

96 FM

Nenhum comentário:

CANTOR MORRE NUM ACIDENTE EM ARARIPE E CRIANÇA AFOGADA EM MISSÃO VELHA NO INTERIOR CEARENSE

Por volta das cinco horas da madrugada deste sábado (12) o cantor de piseiro da Banda Pegada Firme de Araripe, João Emerson, morreu numa col...