Um
policial penal é o principal suspeito do assassinato de uma jovem de 22 anos na
madrugada desta quarta-feira (23) em Ceará-Mirim,
na Grande Natal,
segundo a Polícia Civil. Ele se apresentou à delegacia, entregou a arma, mas
não ficou preso.
A
Secretaria de Administração Penitenciária informou que o servidor estava a
caminho do trabalho, na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, quando o crime
aconteceu.
Segundo
a Polícia Militar, o caso foi registrado por volta de 1h10 na rodovia RN-064,
na altura do distrito Gravatá, zona rural do município. As circunstâncias da
ocorrência, no entanto, não foram informadas pela corporação.
Familiares
da vítima, que identificaram a jovem como Keulen Viana de Lima, de 22 anos,
disseram que ela e os outros ocupantes do carro onde ela estava teriam sido
confundidos com assaltantes, pelo policial penal. A versão não foi confirmada
pela polícia até a última atualização desta reportagem.
De
acordo com a Polícia Civil, o servidor público permaneceu no local, prestou
socorro à vítima e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e
a Polícia Militar.
Em
seguida, ele se apresentou à delegacia para entregar a arma e prestar
depoimento. Após ser ouvido, o homem foi liberado. A versão do suspeito também
não foi informada.
Segundo
a Polícia Civil, um inquérito foi aberto pela Delegacia de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP/Ceará-Mirim).
"O
caso está sendo investigado pela unidade da DHPP responsável pela área, com o
objetivo de esclarecer os fatos e adotar as providências legais cabíveis.
Testemunhas serão ouvidas nas próximas horas e diligências seguem em
andamento", informou a corporação.
O
corpo da vítima foi recolhido pelo Instituto Técnico-científico de Perícia
(Itep) para passar por exames necroscópicos.
Família
relata crime
De
acordo com o primo de Keulen, Adelson Martins, o companheiro da jovem relatou
que eles voltavam de uma festa de aniversário em Pureza
para casa, em São
Gonçalo do Amarante. Além do casal, havia mais uma adulta no carro e duas
crianças.
No
entanto, o veículo parou na estrada por falta de gasolina. O companheiro de
Keulen teria saído em uma moto para comprar combustível, porém, na volta, o
policial penal teria confundido o cenário com um assalto.
"Saíram
para comprar gasolina. Ao retornar, foram abordados por um policial achando que
era um assalto. Isso são informações do esposo que estava com ela. Não dá pra
entender. Foi um tiro na cabeça. Era uma boa filha, ajudava muito a mãe. Foi
uma perda muito grande, tanto para a família, como pela comunidade, que gostava
muito dela. Era muito amada por todos", disse o primo.
Igor
Jácome, Sérgio Henrique Santos, g1 RN e Inter TV Cabugi