A
ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta quinta-feira (13), a total
gratuidade do Programa Farmácia Popular. No Encontro Nacional de Prefeitos, em
Brasília, ela explicou que todos os 41 itens do programa, a partir de agora,
passam a ser distribuídos de graça nas farmácias credenciadas. 

Segundo
o Ministério da Saúde, a medida abrange toda a população brasileira e vai
beneficiar de forma imediata mais de um milhão de pessoas por ano, que antes
pagavam coparticipação.
As
fraldas geriátricas, por exemplo, vão passar a ser fornecidas de graça para o
público elegível, como pessoas com 60 anos ou mais. A ministra avalia que essa
foi uma escolha importante em atenção ao envelhecimento da população.
“Tivemos
mais de 24 milhões de pessoas beneficiadas em 2024 e vamos aumentar ainda mais
esse alcance principalmente nas áreas mais remotas desse país”, disse a
ministra.
O
ministério contabiliza que, de 2022 para 2024, o total de pessoas atendidas
passou de 20,7 milhões em 2022 para 24,7 milhões em 2024.
A
ministra ainda anunciou que o governo ampliou o credenciamento para 758 cidades
que ainda não contavam com o Farmácia Popular.
A
ideia é chegar a todas as cidades, segundo a ministra. Atualmente, o programa
já está presente em 4.812 municípios (86% das cidades e 97% da população com
mais de 31 mil farmácias credenciadas). O programa foi criado em 2004.
Prevenção
à dengue
Também
no encontro de prefeitos, Nísia Trindade alertou que as gestões municipais são
“atores principais” no combate à dengue no País.
“Muito
pode ser feito, principalmente no âmbito dos municípios, das prefeituras, com a
limpeza urbana e evitar água parada. Isso porque 75% dos focos (do mosquito
transmissor) estão nas nossas casas e ao redor das nossas casas”, disse em
entrevista à imprensa.
Ela
acrescentou, no entanto, que o enfrentamento deve ser conjunto, com governo
federal, estados e municípios a fim de conscientizar a população. “Nós
conseguimos ter uma redução de 60% (dos casos) neste ano quando comparamos com
2024”, afirmou.
A
ministra lamentou que no ano passado houve 6,5 milhões de casos de dengue. Ela
atribuiu o resultado às mudanças climáticas e também à variação dos sorotipos
da dengue. Inclusive, em janeiro, o ministério alertou que o tipo 3 é o que
mais preocupa as autoridades porque tem maior potencial de causar formas graves
da doença.
“Há
muitas regiões do Brasil que são motivos de preocupação para nós, como alguns
municípios de São Paulo, onde estamos apoiando as prefeituras, como é o caso de
São José do Rio Preto”.
Ela
ponderou que a vacina contra a doença ainda não é produzida em uma escala para
todo o país, e é destinada para crianças e adolescentes em mais de dois mil
municípios. “Precisamos recomendar fortemente aos responsáveis que levem suas
crianças e seus adolescentes que não tomaram a segunda dose para tomar”,
alertou.
Ela
garantiu que o ministério tem apoiado estados e municípios com novas
tecnologias de unidades para dispersar o larvicida, fortalecer os agentes de
endemias e realizar ações para os próximos anos, como é o caso da introdução da
bactéria Wolbachia para controlar a transmissão do vírus.
Agência
Brasil