Após
ataques terroristas em Brasília, a governadora Fátima Bezerra se reuniu com os
comandos das polícias do Rio Grande do Norte, Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal e inteligência do Exército Brasileiro na manhã desta
segunda-feira (9) para planejar a desocupação e a dissolução total, em até 24
horas, de acampamentos bolsonaristas montados em áreas militares do estado.
A
medida cumpre decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre
de Moraes proferida na madrugada desta segunda-feira (9).
“Estamos
aqui para dar cumprimento efetivo à medida anunciada pelo ministro e o fazemos
em diálogo com as demais forças de segurança para que possamos exercer o nosso
dever constitucional, colaborando para a ordem e a paz”, declarou a
governadora, compartilhando que, ainda no domingo (8), teve reunião com o Fórum
de Governadores, com quem se encontrará presencialmente nesta segunda-feira (9)
em Brasília.
Às
18h, os governadores vão se encontrar com o presidente Lula e chefes dos demais
poderes para expressar ao povo brasileiro o nosso sentimento de união em defesa
da democracia”, completou, ao nomear os atos de “golpistas, terroristas,
vândalos, arruaceiros” por depredarem o patrimônio público, atingindo as
instituições de maior representatividade no Brasil — Congresso Nacional,
Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Durante
o encontro, que foi aberto à imprensa, o secretário de Estado da Segurança
Pública e da Defesa Social (Sesed), Coronel Francisco Araújo Silva, disse que a
partir da determinação da governadora, fez contato com forças federais,
estaduais e Prefeitura do Natal, que não compareceu.
“Os
policiais vão fazer a abordagem na frente do quartel, dizer que não podem ficar
no local, explicar que existe a decisão judicial. Caso descumpram, serão
detidos, inicialmente por desobediência”, detalhou o gestor, ao acrescentar que
o Exército vai trabalhar em harmonia com o Estado.
Outra
medida do Governo do Estado contra os ataques terroristas foi o envio de 30
agentes da Polícia Militar do RN para compor o efetivo do Distrito Federal durante
a intervenção federal. Assim, o Rio Grande do Norte se soma a outros 13 estados
(quantitativo até às 10h desta segunda-feira) que também se colocaram à
disposição para contribuir.
Para
o procurador-geral do Estado, Luiz Antônio Marinho, o momento é extremamente
grave e requer reestabelecimento da ordem: “A determinação do STF é para que
governadores e polícias militares de todo o país cumpram a ordem de desocupar a
frente dos quartéis sob pena de responsabilidade. Ontem mesmo afastou o
governador do DF por causa dos atos terroristas”.
ASSECOM/RN