O
Ministério da Saúde aponta que nos últimos 10 anos, o Brasil registrou uma
média de 71.000 novos casos da doença. No Rio Grande do Norte, em 2020 foram
notificados 1.815 casos de Tuberculose ativa, sendo 1.447 casos novos, 197
casos de retratamento, além de outros 171 casos de transferência (Taxa de
Incidência de 41,3 casos/100 mil habitantes), com um aumento de 14,7%, em
comparação com o ano de 2019. De janeiro a outubro de 2021 foram registrados
1.154 casos de Tuberculose no estado, com uma Taxa de Mortalidade de 1,7 óbitos
por 100.000 habitantes, queda de 35% em comparação com o ano de 2019.
Hoje,
17 de novembro é celebrado o Dia Nacional do Combate à Tuberculose. A data tem
o objetivo de alertar a população para a importância da prevenção, diagnóstico
e tratamento da doença, que, apesar de milenar, é muito atual em nossos dias,
sendo declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência
mundial.
Plano
Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública
Diante
desse cenário, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da
Tuberculose como Problema de Saúde Pública, baseado em três pilares
norteadores:
•
Prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com Tuberculose (TB), que
traz orientações sobre diagnóstico, tratamento e atenção às populações mais
vulneráveis;
•
Políticas arrojadas e sistema de apoio, que fortalecem as articulações intra e
intersetoriais, de planejamento, monitoramento e avaliação, além do compromisso
político para garantir recursos adequados para a realização das ações de
enfrentamento da doença;
•
Intensificação da pesquisa e inovação, que fomenta a realização de pesquisas e
promove a incorporação de tecnologias e iniciativas inovadoras para aprimorar o
controle da TB.
Desde
o lançamento do Plano Nacional, vêm sendo executadas as atividades programadas
e o planejamento estratégico para o período 2021-2025 traz recomendações
prioritárias para o alcance das metas pelo fim da Tuberculose.
Programa
Estadual de Controle da Tuberculose
O
Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT) da Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) se baseia nas recomendações ministeriais para planejar
suas estratégias de ação, apoiando os municípios no desempenho de atividades
voltadas para o controle da doença em seus territórios.
Apesar
da pandemia, o Rio Grande do Norte foi um dos estados do Brasil que manteve a
busca ativa de casos suspeitos e o diagnóstico da Tuberculose – principais
meios de controlar e curar a doença –, sempre respeitando as normas sanitárias
vigentes e garantindo o distanciamento social, bem como o uso de equipamentos
de proteção individual para os profissionais atuantes neste processo.
Assim,
o PECT vem cumprindo o seu papel técnico-assessor, fortalecendo os serviços
para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da doença no estado, por
meio da capacitação em manejo clínico da Tuberculose para os profissionais de
saúde, expansão da rede de oferta da Prova Tuberculínica para os usuários e
monitoramento sistemático dos indicadores epidemiológicos e operacionais para
qualificar o banco de dados dos Sistemas de Informações relativos à
Tuberculose, além de publicizar os seus resultados, por meio da elaboração de
boletins epidemiológicos quadrimestrais.
“Diante
desse contexto e tendo em vista o Dia Nacional de Combate à Tuberculose,
comemorado em 17 de novembro, o PECT/RN, recomenda que os municípios deem
visibilidade ao tema, mobilizando os gestores, profissionais e usuários, de
modo a contribuir para o fim dessa doença e melhoria da qualidade de vida e
saúde para toda a população", destacou a coordenadora do Programa Estadual
de Controle da Tuberculose, Valéria Nepomuceno.
Sintomas
e tratamento da Tuberculose
A
Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa crônica, cujo agente causador,
o Mycobactrium tuberculosis, ataca principalmente os pulmões, podendo também
atingir órgãos como rins, olhos e intestinos, dentre outros. É transmitida pelo
ar, quando uma pessoa com Tuberculose no pulmão ou na laringe tosse, espirra ou
fala, liberando gotículas que ficam flutuando no ar e podem infectar outras
pessoas.
Na
TB pulmonar, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva). Por isso,
recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três
semanas ou mais) seja investigado para a Tuberculose. Há outros sinais e
sintomas, além da tosse, que podem estar presentes, como febre vespertina,
sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, entre outros.
O
principal método de diagnóstico da doença é o Teste Rápido Molecular para
Tuberculose – TRM TB, equipamento com tecnologia avançada, disponível no
Laboratório Central do RN, que permite, além de detectar o agente causador da
doença em aproximadamente duas horas, aponta também a resistência à
Rifampicina, que compõe a Dose Fixa Combinada, utilizada no esquema básico de
tratamento.
O
tratamento dura seis meses, sendo acompanhado pelos profissionais de saúde, por
meio de consultas, exames e dispensação do tratamento medicamentoso
regularmente.
SESAP/ASSECOM