A maioria dos brasileiros está disposta a tomar qualquer vacina disponível contra o novo coronavírus. É o que revela uma pesquisa realizada pela Doctoralia, maior plataforma de agendamento de consultas do mundo, com mais de 21.000 pessoas de cinco países – Brasil, Espanha, Itália, México e Polônia -, obtida com exclusividade por VEJA.
O Brasil é o país que tem a maior aceitação de vacinas entre os avaliados. Por aqui 57% dos respondentes disseram que tomariam a vacina contra Covid-19, caso o imunizante estivesse disponível. No México, a taxa é de 55% e na Itália, 47%. Espanha e Polônia apresentaram as maiores taxas de rejeição, com menos de 50% das pessoas dispostas a tomarem qualquer vacina para se proteger.
O dado corrobora uma pesquisa anterior, realizada pelo Global Advisor, em associação com o Fórum Econômico Mundial, que revelou que o Brasil é segundo país do mundo mais disposto a se vacinar, atrás apenas da China.
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Apenas 16% dos brasileiros disseram que não tomariam a vacina. A preocupação com possíveis efeitos colaterais é o principal motivo alegado pelos participantes, contando com 58% das respostas. Em seguida está a descrença na efetividade da vacina (23%). Questões religiosas e políticas também apareceram em uma minoria de respostas.
“Os resultados mostram que as pessoas querem se vacinar, mas estão com alguns receios. Acredito que, se os brasileiros tiverem mais acesso à informação ou mais opções de vacinas, haverá um número maior de pessoas dispostas à imunização”, diz Fábio Pires desenvolvedor da pesquisa e líder em Experiência do Paciente na Doctoralia
Outro importante questionamento foi sobre os cuidados a serem tomados, mesmo após a vacinação. A resposta mais frequente entre os brasileiros foi a manutenção da utilização do álcool em gel, com 38%. O uso de máscaras vem em segundo lugar, com 34% das respostas; seguida do distanciamento social (24%). Apenas 2% disseram que não pretendem continuar com nenhuma medida preventiva.
FONTE: VEJA