Eleito senador pelo Rio de Janeiro, Romário (PSB) prometeu investigar a fundo as ações da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) durante o seu mandato em Brasília. Ele lembrou que, durante os seus trabalhos como deputado federal, foi pedida a abertura de uma CPI para apurar possíveis irregularidades na entidade.
“Essa CPI não é específica da Copa do Mundo. Se ela for aberta, teremos a oportunidade de saber tudo o que acontece na CBF e quem se beneficiou indiretamente nesses últimos anos sem ter feito nada de positivo para o nosso futebol”, disse Romário. “Eu vou investigar”, prometeu o agora senador.
Segundo o ex-atacante, apesar de ele ter sido um dos que foram à Fifa pleitear o direito de o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014, o que ele viu durante a organização foi o contrário do que ele defendeu anos antes.
“Me perguntaram se o Brasil poderia sediar a Copa, e eu respondi que o Brasil poderia não só sediar como também fazer a melhor Copa da história. Só que nesses quatro anos em que eu fui deputado eu passei a fiscalizar e vi as coisas erradas que estavam acontecendo. Muitos diziam que eu era contra a Copa, mas isso não era verdade. Eu era contra os gastos na Copa. Foi uma roubalheira pura”.
“Até entendo que haja um acréscimo no orçamento, mas, do jeito que foi (na Copa do Mundo de 2014), não dá para aceitar, foi lamentável. Um estádio para ficar do jeito que está hoje, como o Maracanã, não precisava gastar R$ 1,5 bilhão. Em São Paulo, por exemplo, o Palmeiras fez um belo estádio e gastou bem menos do que isso”, completou o Baixinho.
Olimpíadas de 2016Apesar de estar de olho nas ações da CBF, Romário também prometeu focar suas atenções em outro grande evento esportivo: os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Depois dessa votação que eu tive no meu Estado e a Olimpíada que vai ser no Rio, eu tenho muito mais obrigação do que tinha como deputado. Posso afirmar que muita coisa vai surgir de errado”, previu o ex-atacante.
Preparação para a politicaRomário também falou sobre a sua preparação antes de ingressar na política, como deputado federal. “Há quatro anos, pouco antes de começar meu mandato como deputado federal, eu contratei um cientista politico e tive aulas com ele. Esse contato que eu tive com esse professor me ajudou bastante, abriu meus olhos. Comecei a entender muitas coisas e, graças a Deus, isso me ajuda até hoje a fazer uma política correta”.
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